INTERCESSÃO MISSIONÁRIA - UMA BATALHA ESPIRITUAL



A DOUTRINA BÍBLICA DA INTERCESSÃO MISSIONÁRIA

Se o sustento financeiro tem permitido o avanço da obra missionária, não menos importante é sustentá-la também em oração. Sem a intercessão, o trabalho missionário seria meramente humano.

O povo de Deus precisa interceder pelos perdidos, pelos vocacionados e pelos missionários:

ORAÇÃO DE INTERCESSÃO PELOS PERDIDOS

Interceder pelos perdidos é uma questão teológica Por que precisamos orar por missões? Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento apresentam os fundamentos da intercessão missionária. Em reconhecer a degradação do gênero humano.

EIS O ENSINAMENTO DA PALAVRA DE DEUS:

“Não há nenhum justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus. Todos se desviaram , tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer (...) pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.10,11 e 23).

Em reconhecer que o destino daqueles que morrem sem Cristo é o tormento eterno - “Os ímpios irão para o inferno, sim todas as nações que se esquecem de Deus” (Sl 9.17). “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e os seus anjos. E irão estes para o castigo eterno” (Mt 25. 41e 46).

Em reconhecer que não há outro meio de salvação – “E em nenhum outro há salvação, pois também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4.12).

“Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6). “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé...” (Ef 2.8).

Em reconhecer que a pregação do Evangelho é o método de Deus para que os homens sejam salvos – “A fé vem pela pregação e a pregação pela palavra de Cristo” (Rm 10.17). Mas, “Como crerão, se não há quem pregue?” (Rm 10.15). “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” (Mc 16.15,16).

INTERCEDER PELOS PERDIDOS É UM ATO DE COMPAIXÃO E DEMONSTRAÇÃO DE AMOR

A intercessão de Abraão pela por Sodoma - “Destruirás também o justo com o ímpio? Se porventura houver cinqüenta justos na cidade (...), quarenta e cinco (...), quarenta (...), trinta, (...) dez justos na cidade, destruirás e não pouparás o lugar por causa dos justos que ali estão?” (Gn 18.23-33).

A INTERCESSÃO DE MOISÉS PELO POVO IDÓLATRA.

“Oh! este povo cometeu um grande pecado, fazendo para si deuses de ouro. Agora, pois, perdoa o seu pecado; ou se não, risca-me do teu livro que tens escrito” (Ex 32.31-32).

A INTERCESSÃO DE PAULO PELO SEU POVO-

“Digo a verdade em Cristo, não minto, dando testemunho comigo a minha consciência no Espírito Santo, que tenho grande tristeza e incessante dor no meu coração. Porque eu mesmo desejaria ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne. Irmãos, o bom desejo do meu coração e a minha súplica a Deus por Israel é para a sua salvação” (Rm 9.1-3;10.1).

A INTERCESSÃO DE JESUS PELOS SEUS PERSEGUIDORES

“(...) E pelos transgressores intercedeu” (Is 53.12). “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34). Jesus foi coerente com o seu ensinamento: “Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste” (Mt 5.44, 45).

INTERCEDER PELOS PERDIDOS É UM MINISTÉRIO

Deus tanto nos confiou o ministério da reconciliação (2Co 5.18-20) como o ministério da intercessão (1Tm 2:1-8). Estes dois ministérios estão interligados entre si e se completam para a execução da obra missionária.

O ministério da reconciliação foi confiado aos reconciliados – “Tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação” (2Co 5.18).

O ministério da reconciliação consiste na obra de Deus em Cristo pelo mundo – “A saber, que Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo , não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação” (2Co 5.19). “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5.21). “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos (...)” (1Tm 2.5, 6).

Os que promovem o ministério da reconciliação são chamados de “embaixadores” – “De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio” (2Co 5.20) . “Para isto fui designado pregador e apóstolo (afirmo a verdade, não minto), mestre dos gentios na fé e na verdade” (1Tm 2.7).

Os que exercem o ministério da reconciliação são cooperadores com Deus - “E nós, na qualidade de cooperadores de Deus, também vos exortamos que não recebais em vão a graça de Deus” (2Co 6:1).

O ministério da intercessão deve ser ministrado em favor de todos os homens - “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens” (1Tm 2.1).

O ministério da intercessão alegra o coração de Deus – “Isto é bom e aceitável diante de Deus nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2.3, 4).

O ministério da reconciliação e o ministério da intercessão devem ser levados a sério - “Não dando nós nenhum motivo de escândalo em coisa alguma, para que o ministério não seja censurado” (2Cor 6.3). “Quero, portanto, que os varões orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira e sem contenda” (1Tm 2.8).

O ministério de intercessão é voltado para duas categorias de perdidos.

Pelos perdidos que já estão sendo alcançados – São povos que gozam do privilégio de ter o testemunho cristão através do ministério das igrejas locais.

ESTES SÃO OS PRINCIPAIS MOTIVOS DE ORAÇÃO POR ELES:

Por um despertamento espiritual e missionário das igrejas, para que elas sejam realmente sal da terra e luz do mundo. Que Deus faça cessar as ondas de escândalos que mancham a imagem do Evangelho. Por um espírito de santidade, unidade e sacrifício na vida dos crentes e dos pregadores das Boas-novas.

Que Deus quebrante os corações endurecidos, que continuam resistindo à mensagem de salvação. Por aqueles que “fecham o reino dos céus diante dos homens; pois, não entram, nem deixam entrar os que estão entrando” (Mt 23.13).

Para que haja uma unidade de propósitos do povo de Deus, como diz o apóstolo Paulo: “Rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo, e pelo amor do Espírito Santo, que luteis juntamente comigo nas vossas orações por mim a Deus, para que eu seja livre dos rebeldes da Judéia” (Rm 15.30, 31). “(...) a nós nos perseguiram, e não agradam a Deus, e são contrários a todos os homens, e nos impedem de falar aos gentios para que sejam salvos (...) (1Ts 214-16).

Pelos perdidos que ainda não foram alcançados – Estes são os principais motivos de oração: Pela abertura de portas ainda fechadas para a pregação do Evangelho – que todo o cinturão de resistência seja quebrado pelo poder de Deus, em nome do Senhor Jesus.

Para que estes povos possam buscar a Deus, como está escrito: “Para que o restante dos homens busque ao Senhor, sim, todos os gentios, sobre os quais o meu nome é invocado” (Atos 15.17).

Para que Deus desperte vocacionados para trabalhar com esses povos, pois a seara é grande com tão poucos trabalhadores.

Pelos missionários que estarão ministrando a estes povos, a fim de que tenham muita sabedoria, poder do espírito, amor sacrificial e perseverança.

Pelos novos decididos e as igrejas plantadas entre os não-alcançados, para que tenham a paz e a proteção do Senhor (Atos 9.31).

O apóstolo Paulo, entendendo que o Evangelho deveria ser pregado no mundo todo, tinha como prioridade, em seu ministério, alcançar os povos não evangelizados: “(...) De modo que desde Jerusalém e arredores, até a Ilíria, tenho divulgado o evangelho de Cristo; deste modo esforçando-me por anunciar o evangelho não onde Cristo houvera sido nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio, antes, como está escrito:

Aqueles a quem não foi anunciado, o verão; e os que não ouviram, o entenderão” (Rm 15.19-21).

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