ACULTURAÇÃO NO CAMPO MISSIONÁRIO PARTE 1


O PROCESSO DE ADAPTAÇÃO EM UM CONTEXTO DE DIVERSIDADE CULTURAL


 “A mulher samaritana lhe perguntou: Como o Senhor, sendo judeu, pede a mim, uma samaritana, água para beberʔ (Pois os judeus não se dão bem com os samaritanos)” (João 4.9).

As sociedades são bastante distintas. Cada povo demonstra particularidades em suas manifestações étnicas e responde de maneira peculiar ao universo ao seu redor.

Como resultado, encontramos uma abundância de diferenças culturais entre os povos, enriquecendo o nosso planeta e se revelando em vários aspectos, tais como hábitos alimentares, gestos, vestimentas, cerimônias, organização comunitária, entre outros.

Apesar de heterogêneo, culturalmente falando, o mundo em que estamos inseridos caminha cada vez mais conectado em razão do fenômeno da globalização.

Como jamais visto na história da humanidade, distâncias são encurtadas e relacionamentos aproximados. E isso de maneira veloz e  surpreendente. Dessa forma, tanto o mensageiro transcultural quanto cada individuo da sociedade – principalmente nos grandes centros urbanos – vive cada vez mais exposto ao diferente e, por conta disso, em plenos centros urbanos e forçado a conviver com diversidades culturais, o que, geralmente, causa surpresa.

Sam Daries, uma professora  sul-africana, ficou perplexa durante uma visita à Atenas. Sabe por qual motivo ʔ Porque lá o papel higiênico não é jogado no vaso sanitário, mas em uma lixeira destinada especificamente para este  fim.

Esse procedimento lhe causou surpresa e admiração porque na África do Sul as pessoas não agem dessa forma. Ou seja, o papel higiênico sujo é jogado diretamente no vaso sanitário. Já a presença da referida lixeira nos banheiros da Grécia fez Sam questionar o padrão de higiene do lugar.

Se em sua opinião essa não foi uma experiência tão grotesca, o que dizer da experiência da missionária Glória Mendes da missão Povos Muçulmanos Internacional ʔ     

Tendo vivido em diferentes países da Ásia ela descreve sua perplexidade diante de alguns comportamentos curiosos encontrados por lá:

Começando na Turquia, o primeiro choque desagradável que experimentei foi ver os homens urinando na beira das calçadas. Este costume é comum também no Irã e muito mais freqüente ainda no Paquistão e na India.

Nesses dois últimos países as roupas dos homens, por serem mais soltas, permitem que urinem e defequem ao agachar-se. É comum isso acontecer a qualquer hora do dia nas ruas.

O missionário Júlio Quirino, da Missão para o Interior da Africa, igualmente comenta com surpresa a respeito de um comportamento curioso evidenciado no Quênia.  “Entre os Massai aqui no Quênia, cuspir na face de alguém pode significar bênção.

Se você tiver a sorte de se tornar amigo de um deles, poderá receber umas boas cuspidas no rosto para que fique comprovado que você realmente faz parte da família”. ESTEJA PREPARADO

De fato, quem pretende visitar outro país ou se relacionar com um povo culturalmente diferente, precisa, como matéria obrigatória, obter e estudar o maior número possível de informações a respeito de tal povo e estar preparado para aprender os códigos de conduta e assimilar as formas de raciocínio. 

Uma vez que as surpresas no contato com outros povos podem se tornar desagradáveis, ou até mesmo perigosas, precisamos nos preparar devidamente para esse relacionamento.

Considere os sérios problemas que uma mulher pode ter, principalmente se for solteira, ao desembarcar no mundo árabe sem que esteja vestida de acordo com os padrões de decência local.

Em alguns casos, mostrar o cotovelo, em outros, descobrir a cabeça pode ser considerado pelos nacionais como um gesto imoral e criar inúmeras dificuldades para a recém-chegada.

De fato, a maneira como nos comportamos no novo ambiente irá contribuir para fechar ou abrir as portas para a nossa permanência.


Comentários

POSTAGEM MAIS VISITADA

APRENDIZAGEM DE LÍNGUA

ESQUECERAM DE MIM...

ANTROPOLOGIA CULTURAL