A GRANDE RESPONSABILIDADE



O Obreiro e a Missão Transcultural

Pela grandiosidade da obra do Senhor para alcançar os povos do mundo, e pela seriedade que deve ser encarada a obra missionária, não deve ser enviado ao campo sob pena de graves consequências, o obreiro:

a) Sem chamada confirmada pelo Espírito Santo
b) Sem preparo teológico, espiritual e transcultural;
c) Com autoridade moral e espiritual comprometidas;
d) Para resolver um problema de disciplina na igreja;
e) Com a finalidade de se livrar de um obreiro problemático;
f) Com relacionamento familiar deteriorado;

9) Emocionalmente instável ou inativo na igreja

Lembre-se que o missionário no estrangeiro é o representante da sua igreja, sua denominação que o enviou e seu próprio país. A Bíblia Sagrada é clara:

“Maldito aquele que fizer a obra do Senhor fraudulentamente” (Jr 49:10

a) A Igreja e a Missão Transcultural Missão não pode ser utilizada como trampolim para galgar objetivos pessoais.

b) O padrão de envolvimento na realização da obra missionária é a estabelecida nas Sagradas Escrituras:

“Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence à glória e poder para todo o sempre, Amém”. (l Pe 4.11).

Uma igreja não deve fazer missões:

a) Para prestigio pessoal de seu pastor.

b) Por ser um assunto do momento

c) Simplesmente por marketing

d) Para fortalecer a igreja politicamente

e) Para angariar fundos e arrecadar recursos financeiros

f) Para projetar-se no cenário religioso mundial

g) Em país reconhecidamente apto a disseminação do Evangelho

A Grande Comissão não pode ser negligenciada.

A Grande Comissão não pode ser delegada.

A grande comissão não pode ser tercerizada.

A grande Comissão não pode e nem deve ser para a próxima geração.

Na Grande Comissão nenhuma desculpa para não fazê-la é aceita pelo Mestre.

A Grande Comissão é uma questão de vida ou morte (simplesmente faça).

III – MISSÃO TRANSCULTURAL À LUZ DAS ESCRITURAS SAGRADAS

1. Missão no Plano Divino

Desde a queda do homem no Jardim do Éden e a conseqüente entrada do pecado no mundo, Deus planejou o resgate do homem e prometeu o primeiro missionário – Jesus Cristo (Gn 3.15).

A orientação e vontade de Deus através dos tempos e séculos foram sempre no sentido de salvar todos os povos, tribos, línguas e etnias (Ap 5.9), para que estes lhe glorifiquem na glória.

a) Deus chama Abrão para ser uma bênção para todas as famílias (Gn 12.1-3)

b) Deus chama Abraão para abençoar as nações da terra (Gn 18.18)

c) Israel chamada para ser uma nação sacerdotal (Ex 19.5-6)

d) Deus oferece ao seu Filho as nações por herança (Sl 2.8)

e) O Messias triunfará sobre todas as nações (S1 2:.27-28)

f) Deus quer que o seu nome seja anunciado a todas as nações (Sl 96.1-13)

g) Deus procura um homem para fazer Sua obra (Is 6.1-8)

h) A luz do evangelho deve brilhar até aos confins da terra (Is 49.6)

2. Jesus Cristo e o Seu Ministério Terreno
a) Ele anuncia o plano de Deus a um príncipe (Jo 3.1-21)

b) Ele se compadece de uma mulher pecadora (Jo 4.1-30).

c) Ele evangeliza um coletor de impostos (Lc 19.1-10)

d) Ele evangeliza aos amigos (Jo 15.15).

e) Ele salva um ladrão na cruz do calvário (Lc 23.40-43)

f) Ele determina a missão dos doze (Mt 10.1-16)

g) Ele envia setenta para a seara (Lc 10.1-16)

3.A Igreja Primitiva e a Missão Transcultural.

Foi a geração pós-pentecostes que tumultuou o mundo de então, levando o evangelho da salvação além dos limites da Palestina (At 17.6). Em apenas 30 anos o que era inicialmente considerada uma seita judaica, tornou-se uma religião mundial (ano 30 a 60 a.D.).

FATORES CONTRIBUINTES

3.1 Espiritual

a) o derramamento do Espírito Santo (At 2.14);

b) Sinais e maravilhas no seio da igreja (At 2.43);

c) A presença divina no meio da igreja (Mc 16.20);

d) Obediência irrestrita à Grande Comissão (l Co 9.16);

e) Visão e audição santa da liderança da igreja (At 13.2);

f) A unidade do corpo de Cristo (At 4.32)
Cada cristão era uma testemunha. Muitos evangelistas treinados e leigos cheios do Espírito do Senhor se espalharam levando com eles a mensagem salvadora de Jesus Cristo.

Muitos desses primeiros missionários permanecem no anonimato, e os seus nomes serão relatados no Tribunal de Cristo. Seus nomes não constam nas crônicas missionárias, entretanto, foram alguns dos obreiros mais eficazes de todos os tempos. A maioria mártires.

3.2 Material

a) Construção de estradas pelos romanos;

b) Universalização da língua grega;

c) Paz relativa que prevalecia;

d) Disponibilidade de sinagogas para ensino da Palavra (At 18.26);

3.3 Atitudes e Sensibilidade da Comunidade Cristã;

a) A pregação e o ensino dos evangelistas (At 13.13);

b) O testemunho pessoal dos crentes (At 2.47);

c) Atos de bondade e amor (At 4.34-35);

d) Fé mostrada na perseguição e morte (At 7.60);

e) Raciocínio intelectual dos principais apologistas (At 17.15-34);

“Nos relatos contemporâneos dos cristãos dos primeiros séculos sentiam a necessidade, a responsabilidade e amor em compartilhar a sua fé com outros.

Neste período todo crente era um missionário. O soldado tentava ganhar os recrutas para o exército de Cristo; o prisioneiro procurava levar o carcereiro ao Senhor, havia um ardor em tornar o evangelho conhecido”.


IV- A ESTRATÉGIA MISSIONÁRIA DO APÓSTOLO PAULO

Sem dúvida nenhuma o apóstolo Paulo foi a maior expressão em missão transcultural na igreja primitiva. Em menos de 10 anos ele estabeleceu a igreja em quatro províncias do império, Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia.

Entre 47 e 57 a.D. Parece incrível que igrejas fossem fundadas com tanta rapidez e segurança, diante das dificuldades, incertezas e fracassos no passado.

Paulo se sentia devedor da graça que havia recebido (Rm 15.15-33); ele sentia um peso no coração (Rm 9.1-3); ele sentia-se na obrigação (l Co 9.16).

4.1 A Estratégia de Paulo

a) Seu objetivo era centros de comércio e de influência política;

b) Concentrava seus esforços em centros populacionais estratégicos;

c) Ele abordava todas as pessoas de todos os níveis sociais;

d) Estabeleceu igreja independente e não estações missionárias;
e) Ele não reuniu congregações – plantou igrejas;

4.2 O Método de Paulo

a) Priorizava as regiões não alcançadas pela Palavra (2 Co10:16);

b) Edificava sobre fundamento lançado por ele mesmo (Rm 15:20);

c) Plantava igreja em áreas estratégicas.(At 14.6; Rm 15:19);

d) Dependia totalmente da oração e intercessão (Ef 6:19);

e) Sua visão era alcançar “…até os confins da terra” (At 13:47);

V.ESTRATÉGIA NA MISSÃO TRANSCULTURAL

1.   Os Alvos Certos

A Grande Comissão determinada por Jesus Cristo encontra-se em (Mt 28.19-20), (Mc 16.15-16); (Lc 24.47) (Jo 20.21) e (At 1.8).

Se tomarmos Mt 28.19—20 como ponto de partida: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado e eis que estou convoco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém”.

Nesta passagem existem quatro verbos de ação: ir, fazer discípulos, batizar e ensinar.

No original grego um está no modo imperativo e os outros três são particípios presentes (semelhante ao gerúndio).

O imperativo, fazer discípulos, é o âmago da ordem.

Os particípios presentes, indo, batizando e ensinando, são verbos que estão subordinados ao verbo principal.

Fazer discípulos é, portanto, o objetivo, o fim. E o alvo certo da estratégia de missões. Ir, batizar e ensinar são os meios a serem usados na consecução do fim.

São também componentes necessários da estratégia missionária, mas não são fins em si mesmos.

As passagens da Grande Comissão em (Mc 16.15-16) repete batizar, e acrescenta pregar. (Lc 24.47) repete e acrescenta testemunhar. (Jo 20:21) menciona enviar. (Atos 1: 8) repete testemunhar e acrescenta o aspecto geográfico de Jerusalém, Judéia, Samaria e até aos confins da terra.

 “O erro maior na estratégia missionária contemporânea é a confusão dos meios com o fim na interpretação da Grande Comissão”.

Pregar o evangelho a multidões quer sua pregação faça ou não discípulos. Uns contam com avidez as decisões muito cuidadosamente, mas não empreende o mesmo esforço para apresentar relatório estatístico sobre discípulos.

Quanto à luz da Grande Comissão, o Senhor da Seara está mais interessado em discípulos e não simplesmente em decisões.

Objetivo fim da Grande Comissão é, portanto fazer discípulos. No Novo Testamento o significado básico é o do cristão verdadeiro, regenerado.

Toda pessoa cujo nome está escrito no Livro da Vida do Cordeiro é discípulo.

Há uma grande diferença entre “fazer discípulos” com discipulado. O primeiro é o alvo certo da Grande Comissão, a seguir eles começam a trilhar a estrada do discipulado que dura a vida inteira. (Atos 2.41) quase 3.000 discípulos. Por quê? Confira (Atos 2.42) e (João 13.35); logo não foram simples decisões.



 


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