O CHAMADO ÀS MISSÕES É CONTAGIOSO
O texto abaixo é de autoria e propriedade do Dr. Nathan Busenitz Ele é professor de teologia histórica no The Master’s Seminary. Depois de concluir dois mestrados (M.Div., Th.M.) e um doutorado (Ph.D.) na mesma instituição, ele se tornou parte do corpo docente do TMS em 2009. Ele e sua família vivem em Los Angeles. Angeles, Califórnia. Siga o link: https://www.comibam.org/pt/
Fonte: The Master’s Seminary.
O espírito missionário é absolutamente contagioso. Até uma única vida, ardendo intensamente pelo evangelho, pode inflamar o coração de centenas de pessoas pelas gerações seguintes.
Que
coisa poderosa é contemplar essa realidade na história da obra missionária!
Consideremos, por exemplo, a seguinte cadeia de influência do evangelho:
1. John Elliott
(1604-1690) foi um colono puritano da Nova Inglaterra, que começou a
evangelizar os nativos americanos. Conhecido como o “apóstolo dos índios”,
traduziu a Bíblia para sua língua materna, ajudou a estabelecer igrejas e
provocou um zelo missionário entre os colonos cristãos no Novo Mundo.
2. Esse espírito
missionário inspirou homens como David Brainerd (1718-1747) a dedicarem, de
modo similar, a vida para alcançar índios nativos americanos com as boas novas
do evangelho.
3. Embora Brainerd tenha
morrido com apenas 29 anos, seu amigo Jonathan Edwards (1703-1758) ficou tão
impressionado com a paixão do jovem missionário que editou o diário de Brainerd
e o publicou. O próprio Edwards mais tarde trabalharia como missionário para os
índios americanos nativos de Stockbridge, Massachusetts.
4. Em 1785, um sapateiro
inglês chamado William Carey (1761-1834) leu uma cópia de um Relato da Vida do
falecido reverendo David Brainerd, publicado por Jonathan Edwards. O livro teve
um impacto profundo no pensamento de Carey, acendendo uma paixão em seu coração
por levar o evangelho à Índia. William Carey foi para a Índia em 1793 e assim
nasceu o movimento missionário moderno.
5. Em 1802, um pregador
britânico chamado Charles Simeon (1759-1836) falava do bem que William Carey
estava fazendo na Índia. Ao ouvir essa mensagem, um jovem da congregação
chamado Henry Martyn (1781-1812) decidiu que ele também iria para a Índia, em
vez de ir à escola de direito.
6. Martyn morreu jovem. No
entanto, suas memórias influenciaram muitos na Inglaterra. Em particular, sua
biografia teve um impacto significativo em Anthony Norris Groves (1795-1853),
que é considerado por alguns como o “pai da obra missionária de fé”. (Groves
foi missionário no atual Iraque e, posteriormente, no Índia) Em suas próprias
memórias, Groves escreve:
Terminei
de ler, pela segunda vez, as Memórias de Martyn [Henry]. Quanto minha alma o
admira e ama seu zelo, abnegação e devoção; quão brilhante, quão transitória é
sua carreira; quanto poder espiritual e mental em meio à debilidade do corpo e
doenças! Ou, posso ser encorajado pelo seu exemplo a avançar para uma marca
superior?
7. Em 1825, Groves
publicou um breve folheto intitulado A Dedicação Cristã, no qual encorajava os
cristãos a viverem frugalmente, confiando em Deus para suas necessidades e
dedicando a maior parte de sua renda aos esforços de evangelização em todo o
mundo. Esse livro teve um grande impacto no pensamento de homens como George
Müller (1805-1898) e James Hudson Taylor (1832-1905), formando
significativamente sua maneira de pensar sobre o trabalho missionário.
8. Hudson Taylor foi o
primeiro missionário moderno a avançar pelo interior da China. Ele estabeleceu
a Missão para o Interior da China e recrutou centenas de missionários para
participar dos esforços evangelísticos lá. A certa altura, Taylor voltou à
Inglaterra, onde pediu aos jovens cristãos que se juntassem a ele na China. Um
famoso jogador de críquete de Cambridge, chamado CT Studd (1860-1931), foi um
dos profundamente afetados pela pregação de Taylor. Studd deixou para trás uma
vida de ócio para servir a Cristo no exterior. Seis outros estudantes se uniram
a Studd e juntos ficaram conhecidos como “Os Sete de Cambridge”.
9. A publicidade obtida
por CT Studd e “Os Sete de Cambridge” na Inglaterra, especialmente sua
influência nas universidades britânicas, influenciou o início do Movimento de
Estudantes Voluntários para Missões Estrangeiras (iniciado em 1886) na América
do Norte. Sob a liderança de homens como DL Moody (1837-1899) e Arthur T.
Pierson (1837-1911) (o autor da biografia de George Müller), centenas de
estudantes americanos se uniriam ao movimento de voluntários e se dedicariam à
obra missionária estrangeira.
10.
O
testemunho de Hudson Taylor também foi particularmente influente na vida de
outros missionários, como Amy Carmichael (1867-1951), Eric Liddell (1902-1945)
e Jim Elliot (1927-1956).
Falando desse impacto, Elizabeth Elliot explicou:
Quando
eu era uma estudante universitária, meu pai me emprestou dois volumes sobre a
vida de Hudson Taylor. Outro estudante da universidade, Jim Elliot, também os
leu, e essa era uma das grandes coisas que ele e eu tínhamos em comum: uma
enorme fome por esse tipo de piedade e um verdadeiro coração missionário.
Essas
breves histórias demonstram que o espírito missionário é contagioso.
De
John Elliott a Jim Elliot, uma cadeia perceptível de influência pode ser rastreada
e se observa como ela se transfere de um missionário fervoroso para outros. De
David Brainerd a Jonathan Edwards, William Carey, Henry Martyn, Anthony N.
Groves, Hudson Taylor, CT Studd, Jim Elliot e outros.
Alguns
dos missionários listados acima viveram apenas por um curto período de tempo.
David Brainerd tinha 29 anos quando morreu. Henry Martyn, apenas 31. Jim
Elliot, 28. No entanto, o impacto de sua vida se estende muito além de sua
curta estada nesta terra. Sua abnegação inspirou milhares de pessoas a darem
sua vida pela causa do evangelho. Isso é algo que devemos considerar
seriamente.
Certamente,
este é só um pequeno fio na grande tapeçaria que Deus tem tecido ao longo dos
séculos. Existem muitas outras conexões, vínculos e influências que poderiam
ter sido traçadas. No entanto, ilustra uma profunda lição de uma maneira
vívida. Nunca subestime o poder de influência de uma única vida totalmente
investida no serviço do Senhor Jesus. A fidelidade do sacrifício a Cristo em
uma geração ressoa para muitas gerações vindouras.
Dr.
Nathan Busenitz Ele é professor de teologia histórica no The Master’s Seminary.
Depois de concluir dois mestrados (M.Div., Th.M.) e um doutorado (Ph.D.) na
mesma instituição, ele se tornou parte do corpo docente do TMS em 2009. Ele e
sua família vivem em Los Angeles. Angeles, Califórnia
Fonte:
The Master’s Seminary.
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