JANELA 10 X 40 BRASILEIRA
JANELA 10/40
A
janela 10/40 é um termo criado nos anos 80 e teve origem com Luis Bush, diretor
da International AD2000 & Beyond Movement durante a 2ª Conferência de
Lausanne, em Manila, nas Filipinas, em Julho de 1989.
Desde
então, tem sido usado por missiólogos e autoridades eclesiásticas no mundo. A
janela 10/40 representa as coordenadas do mapa mundi, faixa compreendida entre
os paralelos 10″ e 40″, onde vivem 97% das pessoas menos evangelizadas do
planeta.
Estima-se
que são 62 nações que se fecharam para a mensagem das boas novas. Essa faixa se
estende do oeste da África até a Ásia, entre os paralelos 10 e 40 ao norte do
Equador. Há 1,6 bilhão de muçulmanos, hindus e budistas vivendo nessa “janela”
e, em alguns países, a Igreja foi quase que eliminada como resultado da
opressão islâmica.
A
população cristã lá é menor que 2%, uma pequena, porém, preciosa minoria. A
China é outra área crítica na janela 10/40. Lá, pastores e evangelistas são
detidos constantemente e as Igrejas nos lares são fechadas e seus líderes
ameaçados. Muitos são presos ao serem abordados, especialmente se estiverem
portando uma Bíblia. E, apesar do declínio do comunismo na Europa, a China
ainda mantém uma posição ateísta inflexível, piorando a situação da Igreja no
país.
Os
países com as maiores populações não cristãs são: China, Índia, Indonésia,
Japão, Bangladesh, Paquistão, Turquia e Irã, todos na Janela 10/40.
O
Pacto de Lausanne
No
Congresso Internacional sobre Evangelização Mundial, organizado por Billy
Graham e John Stott, em 1974, na cidade de Lausanne (Suíça) teve origem o
Movimento de Lausanne.
Nesse
encontro estiveram presentes 2.700 delegados de mais de 150 países, que
organizaram a Comissão de Lausanne para a Evangelização Mundial (Lausanne
Committee for World Evangelization, LCWE). Ao final do Congresso, Billy Graham
e os principais líderes da igreja em diversas partes do mundo, assinaram um
documento (O Pacto de Lausanne) que se espalhou pelo planeta, passando a ser a
declaração de fé orientadora de inúmeras igrejas, de novos movimentos cristãos,
seminários e organizações missionárias.
O
Movimento de Lausanne passou a ter vários encontros estratégicos em várias
partes do mundo, incluindo o próprio encontro de Lausanne (1974), o de Manila
(1989) e o da Cidade do Cabo, na África do Sul (2010). O Pacto de Lausanne é
composto por quinze artigos que definem os distintivos teológicos fundamentais,
é essencialmente uma rede de cristãos comprometidos com a evangelização
mundial.
Vale
destacar que é amplamente considerado como um dos documentos teológicos mais
importantes no movimento evangélico mundial. Seus artigos mencionam, entre
particulares teológicas, alguns dos aspectos fundamentais da igreja com a visão
mais global da pregação do evangelho, entre os quais destacam-se, a
responsabilidade social cristã, a cooperação na evangelização e o esforço
conjugado e a urgência da tarefa das igrejas na evangelização.
Além
disso, destaca o compromisso de proclamar o Evangelho de toda a igreja, que às
vezes é reduzido a campanhas evangelísticas que não são acompanhadas pela
preocupação com os pobres, com as pessoas sem abrigo e os excluídos e a
responsabilidade que todos os cristãos de todos os continentes têm em enviar e
receber missionários e testemunhas interculturais por causa de Cristo. Pesquise
mais sobre isso, informe-se e perceba a importância que os cristãos têm em
cooperarem com missões.
Nordeste é considerada a janela 10/40 brasileira
A Região Nordeste é
a segunda região mais populosa do Brasil, com 57,36 milhões de habitantes,
conforme dados de 2017 (IBGE). Neste mesmo ano (2017) da pesquisa, o país tinha
54,8 milhões de pessoas que viviam com menos de R$ 406 por mês, 2 milhões a
mais que em 2016.
Isso significa que
a proporção da população em situação de pobreza subiu de 25,7% para 26,5%, de
acordo com a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE. O estudo utilizou
critérios do Banco Mundial, que considera pobres aqueles com rendimentos
diários abaixo de US$ 5,5 ou R$ 406 mensais pela paridade de poder de compra.
Em 2017 o Nordeste
concentrou o maior percentual daqueles em situação de pobreza, 44,8%, o
equivalente a 25,5 milhões de pessoas. Entre as unidades da federação, a maior
proporção de pobres estava no Maranhão, com mais da metade da população, 54,1%,
e em Alagoas, 48,9%. Já Porto Velho (RO) e Cuiabá (MT) foram as duas únicas
capitais onde o contingente de pessoas que ganham menos de R$ 406 por mês
superava a dos respectivos estados: em Porto Velho era 27%, contra 26,1% em
Rondônia; em Cuiabá, 19,2%, contra 17,1% em Mato Grosso.
O interior dos nove
estados do Nordeste forma o chamado Sertão Nordestino. Uma das regiões mais
carentes e problemáticas do mundo, com altos índices de pobreza, desigualdade
social e progressiva degradação, o que tem levado, especialmente jovens, ao uso
e tráfico de drogas, alcoolismo, violência e outras mazelas humanas.
A população vive
economicamente com dificuldades, pois grande parte tem uma renda baixa e muitos
não possuem renda, pois o aumento do desemprego é grande e consequentemente a
desigualdade social, pobreza e fome. Em algumas localidades, os índices são tão
alarmantes quanto ao de países da África, Índia e China.
A mesma situação de
países onde é proibida a pregação do evangelho. Por estes motivos, o Nordeste
brasileiro é considerado a janela 10/40 brasileira.
Em 30 anos, percentual de evangélicos passa de 6,6% para 22,2%
Embora os
evangélicos foram o segmento religioso que mais cresceu no Brasil no período
intercensitário, em 2000, eles representavam 15,4% da população, em 2010,
chegaram a 22,2%, um aumento de cerca de 16 milhões de pessoas (de 26,2 milhões
para 42,3 milhões). Em 1991, este percentual era de 9,0% e em 1980, 6,6%.
O Sertão Nordestino
apresenta um dos menores índices de evangélicos do Brasil. Nesta área está a
maioria das cidades menos evangelizadas do país. Ainda existem milhares de
vilas e comunidades rurais onde vivem cerca de 16 milhões de pessoas que clamam
ano após ano por uma oportunidade relevante de ouvir o evangelho de Jesus. São
vilas, povoados, comunidades e sítios que não têm nenhuma presença da igreja
evangélica.
Conforme dados do
Censo de 2010, apesar de o perfil religioso da população brasileira tenha
predomínio católico, eles passaram de 73,6% em 2000 para 64,6% em 2010, o que
mostra que esta religião tem adeptos desde o primeiro Censo, realizado em 1872.
Até 1970, a proporção de católicos variou 7,9 pontos percentuais, reduzindo de
99,7%, em 1872, para 91,8%.
Esta redução no
percentual de católicos ocorreu em todas as regiões, mantendo-se mais elevada
no Nordeste (de 79,9% para 72,2% entre 2000 e 2010) e no Sul (de 77,4% para
70,1%). A maior redução ocorreu no Norte, de 71,3% para 60,6%, ao passo que os
evangélicos, nessa região, aumentaram sua representatividade de 19,8% para
28,5%.
Entre os estados, o
menor percentual de católicos foi encontrado no Rio de Janeiro, 45,8% em 2010.
O maior percentual era no Piauí, 85,1%. Em relação aos evangélicos, a maior
concentração estava em Rondônia (33,8%), e a menor no Piauí (9,7%).
Vale destacar que
mesmo com os números apontando crescimento dos evangélicos no Brasil, a atuação
da igreja evangélica brasileira no Nordeste, especialmente no Sertão
Nordestino, é tímida, pois, na prática, é a região mais negligenciada pela
igreja evangélica brasileira, por isso, representa o maior desafio missionário
dos evangélicos brasileiros.
“Precisamos olhar
para o Sertão Nordestino não apenas como um campo missionário, mas também como
um celeiro de missões, pois a evangelização do mundo tem passagem obrigatória
pelo Sertão Nordestino”, comentou Silvany Luiz da Silva, responsável e fundador
da Missão Alcançado o Sertão.
Segundo ele, o
Sertão Nordestino concentra a maioria das cidades menos evangelizadas do
Brasil, em que a presença da igreja evangélica é tímida e sua influência é sem
expressão. Essa região precisa da proclamação do evangelho de forma abundante.
“As Igrejas dessa área precisam ser fortalecidas para poder multiplicarem-se e
espalharem-se pelo Sertão Nordestino”, enfatizou Silvany.
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