VOCÊ SABIA?: EXISTEM NA CHINA 100 MILHÕES DE CRISTÃOS
Segundo informações estatísticas do Joshua Project, 2019,
existem na China mais de 100 milhões de cristãos atualmente; em 1980 eram 10
milhões. É o país mais populoso da terra, com 1,4 bilhão de habitantes (ONU,
2018), dos quais 18,2% de budistas, 5,1% de cristãos, 1,8% de muçulmanos, 21,9%
que professam crenças populares, e 52,2% sem filiação (Index Mundi, 2019).
Em território chinês vivem 444 povos não alcançados pelo
evangelho. A China é governada pelo Partido Comunista desde 1949 e o presidente
é Xi Jiping.
Costuma-se
dizer que “Wuhan é o ventre que deu à luz a China moderna”, por ter abrigado a
oposição que resultou na implantação do comunismo.
Wuhan, a cidade que pela primeira vez detectou o
Covid-19, fica no lado asiático (ou oriental) da Janela 10/40, região situada
entre os paralelos 10 e 40 Norte.
É mais conhecida pela comunidade cristã pelo que ocorre
em seu lado ocidental, que inclui boa parte do mundo árabe e de onde se tem
relatos constantes de sonhos e revelações sobrenaturais de Jesus a não crentes.
É a região que concentra a maioria dos povos ainda não
alcançados pelo evangelho e dos países onde há forte perseguição religiosa.
PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA
O cristianismo avança em ambiente
hostil na China, que ocupa o 23º lugar na Lista Mundial de Perseguição da
organização Portas Abertas. Oficialmente, o país garante a liberdade religiosa,
expressa no artigo 36 de sua Constituição, mas o Relatório 2020 da Human Rights
Watch revela que “o governo restringe a prática religiosa a cinco religiões
oficialmente reconhecidas em instalações oficialmente aprovadas.
As autoridades mantêm o controle
sobre as nomeações de funcionários das instituições religiosas, publicações,
finanças e candidaturas a seminários.
O governo classifica muitos grupos
religiosos fora de seu controle como ‘cultos do mal’, e sujeita seus membros a
perseguição policial, tortura, detenção arbitrária e prisão”. O Relatório
registra ainda que “em um discurso em março [de 2018], Xu Xiaohong, o oficial
que supervisiona as igrejas cristãs sancionadas pelo estado, demandou às
igrejas que extirpassem a influência ocidental e ‘sinicizassem’ [sinicizar = dar caráter chinês] ainda mais a religião.
Em setembro, uma igreja sancionada
pelo Estado na província de Henan foi ordenada a substituir os Dez Mandamentos
por citações do presidente Xi”.
REGULAMENTO DAS ATIVIDADES
RELIGIOSAS
O
Regulamento de Assuntos Religiosos da China, proposto em junho de 2017 e
aplicado em fevereiro de 2018, definiu medidas como a proibição a menores de 18
anos de frequentarem os cultos e a proibição de pregar sobre Gênesis e
Apocalipse por contrariarem teorias e princípios defendidos pelo governo. Em
2019, foram demolidas, desativadas ou confiscadas as construções consideradas
irregulares para atividades religiosas, que resultou na inativação de 5.500
igrejas.
De
acordo com o jornal britânico The Guardian, “não se trata apenas de gerir o
comportamento. Um dos objetivos de um plano de trabalho do governo para
‘promover o cristianismo chinês’ entre 2018 e 2022 é a ‘reforma do pensamento’.
O plano prevê ‘retraduzir e fazer anotações’ na Bíblia,
encontrar semelhanças com o socialismo e estabelecer uma ‘compreensão correta’
do texto”. Novas resoluções entraram em vigor em fevereiro de 2020, quando o
governo editou as “Medidas de Controle para Grupos Religiosos”, com seis
capítulos e 41 artigos, reforçando posições anteriores. Em seu artigo 17
determina que “as organizações religiosas devem difundir os princípios e
políticas do Partido Comunista Chinês”.
Oremos
para que o Evangelho seja anunciado em toda a China, sejam quais forem as
circunstâncias.
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O texto é de autoria
de: Raquel Vilela. E foi publicado originalmente no Blog da COMIBAM, no dia 26
de março de 2020. Siga o link:
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