VERDADES SOBRE O SUSTENTO MISSIONÁRIO - PARTE 1
Quem nunca ouviu falar sobre missões na igreja? Quem nunca
participou ou contribuiu para uma campanha missionária? Desde as crianças de
nossas igrejas até os mais velhos, de novos convertidos a membros fundadores,
todos já ouvimos, ou deveríamos ter ouvido, sobre missões no local onde
congregamos. Mas, será que mesmo com tanta informação nós, cristãos, estamos
comprometidos como deveríamos estar com assunto? Nossas igrejas estão
comprometidas com missões seja indo, orando ou contribuindo?
Recebemos
muitas mensagens de jovens que dizem tem um chamado missionário e que possuem
muitas dúvidas, entres elas, como funciona o sustento missionário. É
uma dúvida relevante e que necessita de respostas, pois afinal o
sustento do missionário no campo é necessário para que o trabalho
tenha continuidade. O despreparo econômico ou emocional pode afetar e muito o
trabalho a ser desenvolvido.
Então,
neste artigo nós vamos tentar falar um pouco sobre o que temos visto e
aprendido através de nossas experiências e de amigos de missão sobre
o sustento do missionário no campo.
Por quem eu fui enviado?
Creio
que a primeira questão que devemos responder para entrar neste
tema é sobre que tipo de missionário nós somos ou quem nos enviou ao
campo. Missionário significa alguém que foi enviado. Um missionário não
deve enviar-se ao campo, mas ter o respaldo de uma ou mais
instituições missionárias ou igrejas. Está certo que deus é quem nos chama para
o ministério, mas caminhar debaixo de uma cobertura espiritual é uma benção.
Ser enviado ou abençoado para um ministério específico funciona como um
primeiro reconhecimento do nosso chamado. Então, podemos dizer que é sano e uma
proteção para o missionário o fato dele ser abençoado ou respaldado por
uma ou mais instituições que o enviam e também por aquelas que irão
recebe-lo no campo.
Agência missionária
Existem
missionários que são enviados por uma organização missionária e algumas delas
até mantém o missionário de maneira integral no campo, garantindo assim todo o
seu sustento missionário, gastos necessários com documentação e
deslocamentos, assim como os gastos necessários para o projeto em
desenvolvimento. Neste caso, o missionário é um funcionário desta agência
missionária e está no campo para desempenhar um projeto que pertence a tal
agência. Em casos de desastre, acidente ou perseguição é a agência que também
toma as medidas necessárias para o cuidado e deslocamento do missionário,
se necessário.
Igrejas locais enviadoras
Há
também missionários que são enviados e sustentados por sua igreja local. Neste
caso, a igreja funciona como uma agência missionária. Ela envia o
missionário e se responsabiliza por mantê-lo no campo. São igrejas com um
coração missionário, onde a sua prioridade está não só em alcançar a região
onde está plantada, mas também em estender seus “braços” para alcançar outros
povos com a mesma intensidade. Conhecemos pouquíssimos missionários que foram
enviados e são sustentados por uma única igreja e, pouquíssimas igrejas que
apoiam um missionário em campo com a totalidade de seu sustento.
Missionários independentes
Não
chamamos missionários independentes os que se auto enviaram ou os que não
prestam contas a ninguém. Mas chamamos assim os missionários que não são
funcionários de uma agência missionária e nem são mantidos de maneira integral
apenas pela igreja que o enviou. Este missionário possui seus líderes,
pastores e sua igreja, mas seu sustento vem de partes diferentes, tendo que,
ele mesmo, fazer o seu próprio “agenciamento” para levantar recursos e
completar seu sustento no campo, assim como também o sustento de seus projetos.
A igreja local e a adoção missionária
Entendeu?
Então você deve estar se perguntando qual seria a melhor opção. Creio que a
resposta correta seria que a melhor maneira de estar no campo será aquela que
deus irá te direcionar e que te dará a oportunidade de estar fazendo o que deus
te chamou no lugar que ele te chamou.
Claro
que, em algum momento, você verá no campo missionários enviados por uma agência
missionária e que estarão trabalhando com mais tranquilidade já que a agência
missionária nasceu pra cumprir o objetivo de informar e sustentar missões,
enquanto igrejas locais terão que se dividir entre suas prioridades locais. Mas
a grande verdade é que seja o missionário sustentado por uma agência
missionária, pela igreja local ou de forma independente, tudo passa pela
educação missionária na igreja.
No fim
das contas é a igreja, o corpo, que irá contribuir em sua igreja local ou
diretamente em uma agência missionária ou ao missionário para a missão de
expansão do evangelho continue avançando. Missões deve ser um assunto que nunca
deveria sair de nossos púlpitos e de nossas orações. Mas será que é assim?
Um
ministério de evangelismo urbano divulgou que menos de 1% das igrejas
evangélicas brasileiras estão envolvidas em missões. O resultado disso são
missionários tendo que retornar para suas cidades por falta de recursos, ainda
que nossos templos estejam cheios, nossos eventos lotados.
Estou falando de missionários relevantes que estavam plantando
igrejas, construindo fundações, escolas, hospitais.
Precisamos
ou não rever nossas prioridades como igreja?
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