VISITAS AO CAMPO MISSIONÁRIO
Não
é recomendável visitar o missionário logo no primeiro ano de suas atividades,
para que ele possa ter plenas condições de adaptação cultural; no entanto, após
este período inicial é muito importante o grupo de missões da igreja indicar um
ou mais de seus membros para uma visita de uma a duas semanas ao campo missionário,
se possível, acompanhados do pastor da igreja.
Esta
visita deverá ter alguns objetivos:
-
Demonstrar carinho e amor para com o missionário
-
Oportunidade de levar algumas “lembranças”
-
Ouvir o missionário a respeito de suas lutas e crises
-
Levar uma palavra de ânimo e confiança
-
Reafirmar o compromisso da igreja quanto ao seu trabalho. É recomendável,
quando da visita ao missionário, não tratar logo da questão dos “resultados” do
trabalho que ele está realizando o que traz enorme peso ao coração do obreiro.
A
possibilidade de ele sentir a pressão de sua igreja poderia complicar ainda
mais todo o processo.
A
história de missões registra casos e mais casos de missionários que gastaram
anos a fio sem conhecer um fruto sequer do seu trabalho e, nem por isso, eles
estavam sendo ineficientes.
Não
podemos nos esquecer que é o Espírito Santo quem convence e traz o pecador
arrependido aos pés de Jesus.
Aqueles
que vão visitar seus missionários no campo devem estar cientes que os
encontrarão diferentes de como eram quando estavam ainda na igreja, estarão
assumindo outro tipo de postura, reagindo de forma diferente, e se não
soubermos a razão de tudo isto, poderá cometer erros.
Uma
das experiências mais fortes que o missionário passa no campo, a partir do
primeiro ano, é o chamado “CHOQUE CULTURAL”; rompimento com várias situações
que diziam respeito ao seu próprio país para poder imergir em uma nova cultura,
e isto custa um preço bem alto, pois, normalmente, provoca muitas tensões. Mas
depois que ele passa por isto e “entra” na nova cultura deixa de ser aquela
pessoa que conhecíamos para se tornar um obreiro bicultural.
PERÍODO
DE RETORNO
Passados
4 ou 5 anos o missionário volta ao convívio de sua igreja, de seus familiares e
amigos.
O
que fazer com ele? Dar-lhe férias compulsórias?
Usa-lo
bastante nos ministérios da igreja?
Deixa-lo
livre para fazer o que quiser?
Eis aí uma importante questão a ser resolvida
pela igreja e que também diz respeito ao cuidado do obreiro.
Se
o missionário passa pela experiência do “CHOQUE CULTURAL” quando é enviado para
uma nova cultura, acontece também o contrário quando retorna ao seu país de
origem.
Nesse
caso experimentando o “CHOQUE REVERSO”, passando pela dura experiência de
perceber que muitas coisas mudaram na vida da igreja, no país, no âmbito de sua
família, etc., e provocando novas e terríveis tensões na vida do obreiro.
Assim,
a igreja, através de sua liderança missionária deve, de antemão, estabelecer
uma agenda para o missionário que retorna do campo. Algumas sugestões.
-
Entrar em contato com a agência missionária enviadora para que o tempo de
permanência seja de 3 a 6 meses.
-
Proporcionar um tempo de férias ao missionário, encaminhando-o para uma casa de
campo ou praia, para que tenha o descanso merecido por algumas semanas.
-
Estabelecer uma agenda de visitas às igrejas mantenedoras, encaminhar o
missionário para cursos de reciclagem.
-
Buscar profissionais de saúde cristãos que possam atender o missionário em suas
necessidades.
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