POR QUE MISSÕES?


       Como vimos na postagem anterior, a palavra "Missões" tem origem no latim, e significa "enviar". No Novo Testamento a palavra é apostello, que tem o mesmo significado.

     Foi somente a partir do século XVI que a palavra "missão" começou a significar a Igreja sendo enviada ao mundo.

       Quem primeiro se preocupou em "enviar" foi o próprio Deus. (João 3.16). Através deste versículo, conhecemos a preocupação de Deus para com a humanidade decaída e distanciada de si, razão pela qual enviou Jesus, o seu Filho Unigênito, ao mundo para uma única missão - salvar o homem perdido (Lucas 19.10).

  O verbo "dar", neste texto, não é simplesmente alguém estender a mão e oferecer alguma coisa a outrem. É oferecer ou ofertar uma dádiva valiosa para alguém que não merece, sem impor o recebimento de algo em troca. 

       Foi exatamente o que Deus fez. Ofereceu o seu Filho amado para resgatar o homem que havia se afastado completamente dEle. Para se entender Missões é preciso partir deste princípio, que Deus enviou o seu Filho e que o próprio Filho se deu para salvação dos homens perdidos.

        Se compreendermos que Deus deu o seu Filho e que Jesus se deu a si mesmo para a salvação da humanidade, podemos então dizer: 

      Missões é a Obra de Deus dada à Igreja que, seguindo o exemplo de Cristo, proclama por palavras e ações o Reino de Deus, chamando todos ao arrependimento e a ter fé em Cristo, enviando-os a serem discípulos dEle.

        Podemos concluir, através da missão confiada aos doze, que o alvo principal de Missões é a proclamação do Reino de Deus a todos os homens. Inicialmente, só os judeus estavam ao alcance da bênção enviada pelo Pai, mas o plano de Deus era alcançar também os gentios e o meio para isto foi o fato de os judeus rejeitarem o Filho de Deus (Leia Atos 13.46).

       Quando Jesus disse que o "Evangelho do reino será pregado", falava de um reino, de algo com autoridade. O reino teria algumas características que o tornaria completamente diferente dos que tinham sido implantados no mundo até então.

       Em primeiro lugar, Jesus assinalou no mesmo capítulo 10 de Mateus que não há reino sem conflitos, os quais durarão até que Ele volte.  Se alguém perguntar para quem é o reino, a resposta de Jesus será: "para os pobres". Porém não somente para os pobres economicamente, senão para todos que sofrem qualquer carência.

       Em segundo lugar, Jesus proclamou também um grande programa. A expressão "será pregado a todas as nações", mostra o alcance geográfico de seu programa. No entanto, demonstra também o seu alcance no tempo.

      "Precisamos ter a visão de Missões como a Obra que exige prioridade" (João 4.31-34).

         Caminhando para a Galiléia, Jesus passa por Samaria e, enquanto seus discípulos saem à procura de pão, Ele faz contato com uma mulher da aldeia samaritana. Para Jesus, descortina-se a possibilidade de salvar aquele povo. Seus discípulos chegam e insistem que coma, mas mesmo cansado e com fome, Jesus se recusa a comer e coloca o tipo de prioridade que deve caracterizar seus seguidores. 

      Há uma obra a realizar, e ela é mais importante do que qualquer outra coisa. Precisamos recuperar este sentido de urgência na realização de Missões. O seu tempo é hoje. 

      Também precisamos ter a visão de Missões como o desafio de cada oportunidade (Jo 4.35).  Os discípulos sabiam que levaria ainda quatro meses para chegar o tempo de colher aqueles cereais. No entanto, Jesus lhes diz: "Levantem os olhos, pois há uma colheita a ser realizada imediatamente". Que acontece aos frutos maduros que não são colhidos? Eles se perdem. É preciso aproveitar as oportunidades. 

    Deus tem criado condições favoráveis à pregação do Evangelho em diferentes pontos do mundo. Há um anseio pelas novas de salvação, e como estamos respondendo a estas oportunidades que não sabemos até quando resistirão? Precisamos ter a visão de Missões como o meio de construir para a eternidade  (Jo 4.36-38).

           Aqui há três situações possíveis quanto aos resultados imediatos (v.36); os discípulos ceifariam o que outros semearam e plantariam o que outros colheriam (vv. 37 e 38). Mas a que tipo de resultado se refere o texto? Ajuntar fruto para a vida eterna ou para o reino de Deus. 

        Então, realizar Missões é conquistar vidas para o celeiro eterno de Deus. Este é o único trabalho cujos resultados não são transitórios. Porque fazer Missões é o meio principal de se construir para a eternidade.

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