VIDA MISSIONÁRIA
CONFLITOS E
FRACASSOS NA VIDA MISSIONÁRIA
As razões por que os
missionários às vezes fracassam são muito complexas. A seguir, alguns dos
fatores que podem causar conflitos e fracassos iniciais, segundo alguns
pesquisadores:
1. Questões
Pessoais, como falta de disciplina, falta de conhecimento e habilidades,
necessidades físicas, espirituais ou emocionais, baixa autoestima, e estar
sempre na defensiva.
2. Questões
Interpessoais, incluindo a incapacidade de se relacionar com
colegas missionários e líderes de campo, bem como dificuldade de resolver
conflitos tanto com a liderança, como com pessoas locais.
3. Estresse e
Mudanças relacionados à adaptação cultural e lingüística,
desafios com a educação das crianças, fatores estressantes da comunicação e
questões referentes à mudança e realocação em uma nova cultura.
4. Questões
Transculturais, incluindo a incapacidade de se relacionar com a
cultura ou outras pessoas, recusa ou incapacidade de mudar e adaptar-se a
diferentes maneiras de trabalhar, pensar e falar, e falta de flexibilidade para
trocar de função e ministérios.
5. Questões
Ministeriais da Missão, tais como desafios do trabalho, falta
de dons ministeriais, falta de visão e expectativa exagerada (expectativas que
tenham sido manifestas).
Embora tudo isso pareça negativo, devemos entender que servir em missões
transculturais é uma das transições mais difíceis que uma pessoa pode fazer.
Por isso, o papel da igreja é vital, tanto como parceira no envio, como
apoiando o missionário.
Então, o que a igreja pode fazer para manter seus missionários no campo? É
muito importante envolver-se completamente com eles, independente de qual
estágio do processo de filiação na missão eles estejam.
Primeiro, ensine os jovens a terem disciplina em sua vida pessoal e espiritual.
Procure transmitir-lhes visão de trabalho com povos não alcançados e
providencie para que tenham experiência com evangelismo (antes de irem para o
campo). Incentive-os a serem pessoas flexíveis, por causa da variedade de
experiências ministeriais que eles terão em vários contextos, bem como a ter
disposição para servir debaixo de liderança, e junto com outras pessoas.
Segundo, avalie juntamente com eles o seu chamado para missões e seu andar com
Deus. Este é um chamado sagrado – precisamos honrar o desejo deles em servir
dessa maneira. Invistam no crescimento de sua capacidade de administrar,
interações interpessoais, e dons ministeriais.
Obviamente, isso significa que
haverá atividades e ministérios fora da igreja – em comunidades e em contextos
transculturais.
Terceiro, caminhe com eles através do processo de candidatura, nos primeiros
anos no campo, e também no seu ministério em longo prazo. Não deixe a tarefa de
acompanhá-los somente para a organização missionária; escreva pra eles, ore por
eles, visite, aconselhe, incentive.
Conheça seus planos de
ministério, expectativas, programação e disciplinas diárias; isso não será
invasivo se você os estiver enviando e apoiando. Conecte-os à missão, fazendo
com que saibam da parceria que ela pretende com eles. É muito bom quando o
missionário, sua igreja, e a organização conseguem se unir para desenvolver o
ministério.
E, por fim, certifique-se de que em suas viagens de furlough (um tipo de férias
pra levantar sustento e visitar mantenedores e familiares), os missionários
consigam separar algum tempo para o seu descanso pessoal. Eles freqüentemente
voltam ao campo mais exausto do que quando partiram, e isso por causa de todo o
esforço para manter e desenvolver sua equipe de mantenedores, e as visitas que
precisam fazer.
Acima de tudo, crie equipes de oração que os apresentem constantemente ao
Senhor, para que possam superar essas dificuldades, e para que o Espírito os
dirija e os faça frutificar.
DEUS AGE ATRAVÉS DA ORAÇÃO
~~~~~~~~~~~~~~
JOHN KAYSER nasceu e
foi criado na Etiópia, e juntou-se à Bethany International em 1993, como
consultor de treinamento missionário. Seu modelo de treinamento estimulou mais
de 300 escolas de treinamento missionário, em dezenas de países.
Photo: Ben
White
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