MISSOES NA ERA MODERNA - 1 PARTE
A HISTÓRIA DO CRISTIANISMO ATRAVÉS
DOS SÉCULOS
Que a vigília de oração mais
longa da história, teve como participantes 24 homens e 24 mulheres,Eles oravam
24 horas por dia, esta ativifade duroue
mais de 100 anos. Em 1792, sessenta e cinco anos após o início da vigília, esta
pequena comunidade morávia havia enviado 300 missionários até os confins da
terra.
MISSÕES MORÁVIA
Você já ouviu falar nos irmãos
Moráviosʔ Essa comiunidade conhecida como irmãos Morávios
escreveram uma das páginas mais nobres das missões cristãs em todos os tempos.
Nenhum grupo protestante teve maior consciência do dever missionário e nenhum
demonstrou tamanha consagração a esse serviço em proporção ao número de seus
membros. Seu grande líder inicial e incentivador na obra missionária foi o
piedoso conde alemão Nikolaus Ludwig Von Zinzendorf (1700-1760).
Numa viagem a Copenhague para
assistir a coroação do rei dinamarquês Cristiano VI, o conde Zinzendorf
conheceu alguns nativos das Índias Ocidentais e da Groenlândia. Regressou a
Herrnhut, na Saxônia, a sede do movimento, cheio de fervor missionário e, em
conseqüência disso, dois obreiros, Leonhard Dober e David Nitschmann, iniciaram
uma missão aos escravos africanos em Saint Thomas, nas Ilhas Virgens, em 1732.
Christian David e outros missionários foram para a Groenlândia no ano seguinte.
Em 1734, um grupo liderado por
August Gottlieb Spangenberg (1704-1792) começou a trabalhar na Geórgia, no sul
dos futuros Estados Unidos. No Natal de 1741, o próprio Zinzendorf visitou a
América e deu o nome de Bethlehem (Belém) à colônia que os morávios da Geórgia
estavam criando mais ao norte, na Pensilvânia. Essa cidade se tornaria a sede
americana do movimento. O mais famoso missionário Morávio aos índios
norte-americanos foi David Zeisberger (1721-1808), que trabalhou entre os
creeks da Geórgia a partir de 1740 e entre os iroqueses desde 1743 até a sua
morte.
A cidade de Herrnhut, na
Alemanha, tornou-se um vigoroso centro de atividade missionária, iniciando
missões no Suriname, Costa do Ouro, África do Sul, Argélia, Guiana, Jamaica,
Antigua e outros locais.
Em 1748, foi iniciada uma
missão aos judeus em Amsterdã. Até 1760, o ano da morte de Zinzendorf, os
morávios haviam enviado 226 missionários a dez países e cerca de 3.000 mil
conversos tinham sido batizados. Outros locais alcançados posteriormente foram
o Egito, Labrador, Espanha, Ceilão, Romênia e Constantinopla.
Em 1832, havia 42 estações
missionárias morávias ao redor do mundo. Os nomes dos primeiros campos
missionários mostram uma característica do trabalho morávio: em geral eram
locais difíceis e inóspitos, exigindo uma paciência e dedicação toda especial,
traço que até hoje caracteriza o trabalho missionário desse grupo.
UMA REUNIÃO DE ORAÇÃO EXCEPCIONAL
O renascimento da igreja morávia, em maio de 1727, havia
resultado em grande parte de uma forte ênfase na oração. Nos meses seguintes,
um espírito de oração tomou conta da pequena comunidade evangélica. No dia 27
de agosto daquele ano, 24 homens e 24 mulheres comprometeram-se a orar uma hora
por dia de forma seqüencial, de modo que sempre houve alguém orando por
missões.
Essa “vigília de oração”
sensibilizou Zinzendorf e a comunidade morávia a tentarem alcançar outros para
Cristo. Seis meses após o início da vigília, o conde desafiou os companheiros a
evangelizarem as Índias Ocidentais, a Groenlândia, a Turquia e a Lapônia.
No dia seguinte, 26 morávios se
ofereceram como voluntários para as missões mundiais, aonde quer que Deus
quisesse levá-los.
A vigília de oração prosseguiu
sem interrupção, vinte e quatro horas por dia, durante mais de 100 anos. Em
1792, sessenta e cinco anos após o início da vigília, a pequena comunidade
morávia havia enviado 300 missionários até os confins da terra.
A TEORIA DE MISSÕES DE ZINZENDORF
Zinzendorf estabeleceu alguns
princípios que deveriam nortear a atividade missionária dos morávios. Eles são
os seguintes:
BUSQUEM OS PRIMEIROS FRUTOS.
Zinzendorf dizia aos voluntários que partiam
de Herrnhut: “Não tenham como alvo a conversão de nações inteiras. Simplesmente
procurem pessoas interessadas pela verdade, que, como o eunuco etíope, pareçam
prontas para abraçar o evangelho” (ver Atos 8.27-28).
Assim, os missionários morávios não saíam
para o campo com expectativas exageradas. Isso os capacitava a enfrentar muitas
situações em que os frutos surgiam lentamente, mas também lhes proporcionava
profunda alegria quando grandes números de pessoas estavam prontas para abraçar
a Cristo.
Associada a isso estava a sua dependência
do Espírito Santo, que, como o verdadeiro evangelista, os conduziria a almas
como Cornélio ou o eunuco.
PREGUEM A CRISTO.
“Em segundo lugar”, instruía Zinzendorf,
“vocês devem ser objetivos e falar-lhes sobre a vida e a morte de Cristo”.
Alguns missionários haviam ido para
culturas pagãs e tinham tentado em vão ensinar teologia ou começar com verdades
sobre Deus. Zinzendorf partia do pressuposto de que os pagãos já sabiam sobre
Deus, mas precisavam conhecer sobre o Salvador, especialmente seus sofrimentos
sobre a cruz.
VÃO PARA OS POVOS ESQUECIDOS.
As primeiras pessoas buscadas pelos
morávios foram os escravos negros. Nos anos seguintes eles foram para os leprosos,
os esquimós, os índios, os africanos, e parecem ter sido os primeiros a
buscarem sistematicamente a conversão dos judeus.
PELO REINO DE CRISTO.
Os morávios têm buscado aumentar o reino de
Cristo, e não a sua própria expansão denominacional. Inúmeras sociedades de
cristãos zelosos das igrejas tradicionais da Europa e da Inglaterra oraram,
contribuíram e forneceram voluntários para a causa missionária mundial dos
morávios no século 18.
SEJAM AUTO-SUSTENTADOS.
Hutton observou que, na missão
das Índias Ocidentais, “por mais de cem anos ninguém recebeu um centavo da
Igreja Morávia por seus serviços; cada um... primeiro tinha de ganhar o seu
próprio sustento”. Essa política era seguida em toda parte. Na década de 1750,
uma carta do Suriname dizia: “O irmão Kam está colhendo café; o irmão Wenzel
conserta sapatos; o irmão Schmidt está fazendo uma roupa para um freguês”.
Com seu heroísmo, apego às
Escrituras e consagração a Deus, os irmãos morávios, embora pouco numerosos,
exerceram uma forte influência espiritual sobre outros grupos e movimentos
protestantes, especialmente na Inglaterra.
A convivência com alguns
morávios causou profundo impacto em João Wesley e contribuiu para a sua
conversão e o surgimento do metodismo.
William Carey, o pioneiro das
missões modernas, os admirava grandemente e apelou para o seu exemplo de
obediência. Eles também inspiraram a criação de duas das primeiras agências
protestantes de missões – a Sociedade Missionária de Londres (1795) e a
Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira (1804).
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário, ele é muito importante para melhorarmos o nosso trabalho.
Obrigado pela visita, compartilhe e
Volte Sempre.