COMO FINANCIAR A OBRA MISSIONÁRIA

 


NOS DIAS ATUAIS É MUITO DIFÍCIL ENTENDER OS ENSINAMENTOS BÍBLICOS, A RESPEITO DA CONTRIBUIÇÃO FINANCEIRA PARA A OBRA MISSIONÁRIA.

Primeiro porque muitos falsos obreiros têm enriquecido a custa daqueles que fielmente decidem contribuir para a obra de Deus e a media se aproveita disso para bater em cima da igreja e em segundo lugar, porque o deus desta era é o materialismo.

Só os EUA representam 5% da população mundial, mas consomem 40% dos bens manufaturados da terra e 70% de todos os produtos do petróleo. No Brasil o contraste entre o sul, o sudeste e o nordeste e entre os ricos e os pobres é semelhante à diferença entre a Europa e a África.

Além disso, a propaganda cria e depois se aproveita da baixa auto-estima da nossa sociedade, dizendo: “você não é bom o suficiente… enquanto não comprar o nosso produto!”. Assim, trabalhamos sem fim para comprar isso e aquilo, apenas para descobrir no próximo comercial que uma versão nova e melhorada daquele produto agora está disponível.

Precisamos voltar a ler Dt 8.17-18: “E digas no teu coração: A minha força, e a fortaleza da minha mão, me adquiriu este poder. Antes te lembrarás do SENHOR teu Deus, que ele é o que te dá força para adquirires riqueza; para confirmar a sua aliança, que jurou a teus pais, como se vê neste dia”. (A Missão de Enviar: Pirolo, Neal, pg 86).

 AGORA REFLITA COMIGO,

Quanto gastamos com supérfluos no nosso dia-a-dia? Quantas coisas compramos e não usamos? Quantas vezes nos arrependemos de ter gasto nosso dinheiro em algo desnecessário? 

Devemos nos perguntar: quanto temos gasto com roupas, sapatos, acessórios, maquiagem, com o cabelo, tratamentos de beleza? E ainda: quanto temos gasto com objetos eletrônicos, com nosso carro, com lazer, com compras fúteis? E os gastos com brinquedos, guloseimas, animais de estimação, shoppings, lanchonetes, CD’s, DVD’s; quanto dinheiro temos direcionado para seguir a “MODA” e ficar como a TV “manda”? Essas coisas, em sua maioria, são legítimas, mas devemos tomar CUIDADO COM OS EXCESSOS. 

COMO A IGREJA PODE CONTRIBUIR

A Bíblia ensina-nos várias formas de contribuir para o avanço da obra do Senhor:

·         DÍZIMOS – O dízimo, à luz da Palavra de Deus é a contribuição mínima que o crente deve fazer para a obra de Deus. Deus abençoa o seu povo para que este seja fiel nos dízimos e nas ofertas. (Ml 3.10)

·        OFERTAS ALÇADAS – Além do dízimo, o povo de Deus é instruído a ofertar para fins bem específicos, (Ex 25.2). As ofertas alçadas são esporádicas e destinadas para um fim. Os dízimos, porém, são contínuos.

ADOÇÃO MISSIONÁRIA – Outra forma do crente ou a igreja participar do projeto divino para evangelizar o mundo é adotar um missionário. A pessoa pode definir uma quantia com a qual vai abençoar um ou mais missionários, provendo assim um sustento pessoal ou familiar.

Amados nós conhecemos a Palavra: “Deus ama a quem dá com alegria” (2Co 9.7); “Mas bem-aventurado é dar que receber” (At 20.35); “Dai, e dar-se-vos-á” (Lc 6.38);

Todavia, perdemos muito tempo com a questão do quanto devo dar quando esse não é o princípio que a Bíblia e Jesus nos ensina. Precisamos ser disciplinados nos dízimos e ofertas porque isso nos leva a um compromisso mais profundo de dar “de modo generoso, feliz, alegre” (2Co 9.7), e com disposição de vontade como está em 2Co 8.12-14 e assim haja igualdade.

Hoje problema está nas nossas práticas e nas nossas terminologias. Mateus 10.8 diz que de graça recebestes, de graça dai. Não era necessário termos momentos para levantamento de ofertas, tinha que ser algo espontâneo e voluntário. Algo prazeroso, mas se não tivermos esses momentos ninguém se dispõe a dar ou talvez só um punhado do punhado que já dá.

Usamos muito a expressão “ajudar” o missionário. Nós não ajudamos o missionário quando contribuímos com as nossas ofertas, nós participamos, ganhamos o privilégio de ir ao campo com o missionário e fazer um determinado projeto. Que bênção!

 Eu tenho certas dificuldades com a expressão “pagar” dízimos. Porque esta expressão nos dá ideia de “contas”, daí como acontece com qualquer outra conta, pode se formar uma má vontade em nosso coração, consciente ou não. Na Bíblia lemos, “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro” (Ml 3.10); “ajuntai para vós tesouro no céu, onde a traça nem ferrugem corrói” (Mt 6.10).

A mim esses dois textos mostram que estou fazendo um investimento e não um pagamento. Que privilégio Deus permitir que eu faça parte do seu plano eterno. Ele pode se virar muito bem sem o meu dinheiro, pois tudo é seu. Mas o Senhor está me dando a oportunidade de investir em seu Reino.

 Quanto sobra se você der 10% para Deus? Obviamente 90%. Mas vamos pensar queridos que nos sobra apenas os 10 que demos a Deus, porque esses 90% agente usa para pagar as contas e outras despesas. A única parte que realmente nos sobra são os 10% que investimos na obra de Deus. Este é o princípio de ajuntar tesouro no céu onde a traça nem a ferrugem corrói.

 Precisamos colocar em nossa mente que “Dar” é um gesto de adoração inteligente. Na Bíblia nós aprendemos que dar de modo generoso, alegre e voluntário não é uma interrupção desagradável do culto, mas a sua essência. O culto todo consiste em dar a Deus o que nós temos de melhor, a nossa adoração e serviço.

 EXEMPLOS DE SUSTENTO DO MISSIONÁRIO E DA OBRA DE DEUS NA BÍBLIA

Ex 25.1-9, 36.2-7 e ICr 28 e 29, nos mostram o povo de Deus sustentando a obra do Senhor. Eu acredito que o registro desse texto na bíblia é claramente didático para a igreja de hoje. Pense comigo, será que Deus precisava da ajuda do seu povo para fazer com que a sua obra fosse adiante? Eles o viram abrir o mar, viram Deus fazer sinais e maravilhas e outras coisas completamente impossíveis. A construção do tabernáculo diante desse mesmo Deus seria algo bem simples. Por que então Deus manda o povo contribuir para que esta construção fosse possível? Ele escolhe fazer isso simplesmente porque Ele quis dar ao seu povo o privilégio de participar da sua obra. Que honra!

Algo que não devemos deixar de ressaltar também nesse texto é que o povo contribuiu porque foi bem informado por Moisés como e com o quê contribuir. Temos que informar a igreja sobre as necessidades do campo para que ela possa participar dessa obra.

Em Lucas 8.1-3 um grupo de pessoas acompanhavam a Jesus e serviam com seus bens, ou seja, sustentavam os missionários Jesus e seus discípulos materialmente e em Filipenses 4.15-19 vemos o exemplo de uma igreja fiel no sustento do missionário: “E bem sabeis também, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente; Porque também uma e outra vez me mandastes o necessário a Tessalônica. Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que cresça para a vossa conta. Mas bastante tenho recebido, e tenho abundância. Cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus. O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus”.

Em Romanos 15.24 e em IICo 1.15-16, Paulo usa a expressão “ser encaminhado, ou ser guiado por vós”. Paulo está falando mesmo é de finanças, de sustento. Essas igrejas iriam pagar as despesas que ele precisava para ir para os lugares que pretendia. Agora preste atenção: Levantar sustento não é dar pausa no ministério é parte do ministério e é resultado de relacionamento, (Mônica Agripino).

 “Amado, você é fiel no que está fazendo pelos irmãos, apesar de lhe serem desconhecidos. Eles falaram à igreja a respeito deste seu amor. Você fará bem se os encaminhar em sua viagem de modo agradável a Deus, pois foi por causa do Nome que eles saíram, sem receber ajuda alguma dos gentios. É, pois, nosso dever receber com hospitalidade a irmãos como esses, para que nos tornemos cooperadores em favor da verdade”. (III João 1:5-8). Aqui está uma igreja que cooperava com missionários itinerantes, missionários estrangeiros que pregavam de cidade em cidade, e João escreve elogiando a Gaio por se tornar parceiro deles nesse projeto missionário.

Algumas pessoas e igrejas dizem que são pobres demais e não podem ou não têm recursos para contribuir. O que essas pessoas têm a nos dizer daquela mulher pobre que Jesus menciona em Lucas 21.1-4 e o que as igrejas que se dizem pobre têm a nos dizer das igrejas da Macedônia? “Agora, irmãos, queremos que vocês tomem conhecimento da graça que Deus concedeu às igrejas da Macedônia. No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade. Pois dou testemunho de que eles deram tudo quanto podiam, e até além do que podiam. Por iniciativa própria eles nos suplicaram insistentemente o privilégio de participar da assistência aos santos. E não somente fizeram o que esperávamos, mas entregaram-se primeiramente a si mesmos ao Senhor e, depois, a nós, pela vontade de Deus”. (II Coríntios 8:1-5)

Conclusão

“O que importa não é a parte do meu dinheiro que dou para Deus, mas a parte do dinheiro de Deus que conservo comigo” (Autor desconhecido).

Como diz o salmista tudo pertence a Deus. Os nossos dons e talentos, os nossos bens, a vida, a terra, tudo é de Deus, pois vem dele. Compreender essa verdade torna a vida do missionário e da igreja bem mais fácil e tranquila, pois assim podemos estar certos de que Deus sustenta a obra que Ele mesmo começou. A nós cabe apenas cooperar, “Pois nós somos cooperadores de Deus; vocês são lavoura de Deus e edifício de Deus” (ICo 3.9). A missão é de Deus, contudo Ele nos convida a participar dessa obra de três formas: orando, contribuindo e indo.

Falamos mais hoje sobre a contribuição, o sustento financeiro do missionário e da obra de Deus e esta é uma responsabilidade da igreja. Que fique claro que o compromisso de sustentar o missionário é compromisso de toda igreja e não de apenas uma parte dela.

Agora pergunte a si mesmo, “Se não eu quem? Se não agora quando?” E lembre-se “Nenhum homem é uma ilha”, (Andrew Murray)

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