HISTÓRIA BIBLICA DE MISSÕES - PARTE FINAL

 




HISTÓRIA BIBLICA DE MISSÕES

PARTE FINAL

 

Na última postagem realizada neste Blog eu falei dando continuação à História Biblica de Missões, sobre a mobilzação de missionários pioneiros em cumprimento à  voz do Espírito Santo no início da caminhada da Igreja Primitiva.

Quero agora, neste trecho da história, dar continuidade ao trabalho missionário de Barnabé, quando este manifestou o desejo de ir à Chipre. Eu não sei o que a Igreja estava pensando. E também não sei se a Igreja levantou uma oferta de amor para pagar a sua passagem até lá. O Novo Testamento não nos diz nada sobre este assunto a informação correta no texto é: “eles foram”.

O principal problema no Brasil, quando se trata de sustento missionário em Missões Transculturas, é o sustento. Será que podemos esperar em um futuro próximo, que o Brasil cumpra sua missão em se envolver, mais seriamente, financeiramente para o sustento da Obra Missionária Transcultural?

Tenho visto há tempos a Igreja brasileira empenhada seriamente em eonstruir templos que custam muito dinheiro. Templos que podemos calcular seu custo em torno ou ultrapassando o valor de um milhão de dólares.  Quando um milhão de dólares é dinheiro suficiente para sustentar vários obreiros em qualquer país do mundo.

São Igrejas como muitas no país que não estão sofrendo nenhum problema ...  Lógo, o “problema”, não é bolso, não é cheque, não é falta de dinheiro – é falta de “VISÃO MISSIONÁRIA”.

Quando Paulo e Barnabé saíram, com ou sem dinheiro, porque eu não sei como saíram – tenho certeza que isto não foi uma barreira. Haviam pessoas, naquela época, como nós temos hoje aqui no Brasil sem nenhum sustento financeiro por parte da Igreja.

MENOS DE 1% DOS CRISTÃOS ESTÃO ENVOLVIDOS COM MISSÕES

 

É estarrecedor, preocupante, vergonhosa a informação acima, que acabamos de ler através de alguns informativos nas redes sociais, publicada no último da 17 deste mês de dezembro de 2020.

 

Esta informação que foi levantada pela OM (Operação Mobilização), nos informa que houve um declínio no número de cristãos britânicos engajados em Missões Transculturais no exterior. E o mesmo está acontecendo com os Cristãos em outros países.

 

Existe uma urgência para a Igreja sair e alcançar 2.1 bilhões de pessoas em nosso mundo, são pessoas sem testemunho do Evangelho, sem Igreja para mostrar o amor de Deus por meio de Cristo, tudo isto tem diminuído significativamente,  pois de acordo com a informação da OM, menos de 1% dos Cristãos em todo o mundo estão ativamente envolvidos em missões.

 

A Igreja, em alguns lugares, se afastou da crença central de que, como seguidores de Cristo, todos somos chamados a ir até os Confins da Terra, a cada grupo de pessoas, para testemunhar e fazer discípulos?”.

 

O Diretor da OM, Skirton: Levanta alguns questionamentos sobre a profundidade do discipulado nas Igrejas atuais no ocidente:

 

“Talvez tenha se tornado muito confortável ser cristão na Igreja Ocidental – assinalar a caixa, mas não ter nenhum compromisso no fundo, como o de ser visto no declínio do número de Igrejas e reuniões? É a falta de profundidade em nosso compromisso com Jesus e sua Grande Comissão a facilidade com que todos nós inclusive (inclusive eu) podemos  cair no cristianismo por trás de igrejas e reuniões?

 

É a falta de profundidade em nosso compromisso com Jesus e sua Grande Comissão e a facilidade com que todos nós (inclusive eu) podemos cair no cristianismo egocêntrico por t rãs do motivo pelo qual as pessoas não estão fazendo fila para missões em países estrangeiros, dizendo junto com Isaias: “Aqui estou, envia-me!”.

 

O diretor da OM fala ainda sobre a questão do clima atual do politicamente correto, quando não é aceitável dizer que Jesus é o único caminho para a salvação.

 

“Se começarmos a duvidar que Ele seja a única esperança, de que adianta contar aos outros? Ou tememos que, se contarmos aos outros, seremos rejeitados e enfrentaremos perseguição?, pergunta.

 

Mas voltando ao assunto acima, quando Paulo recebeu uma oferta, vindo da Igreja de Filipos, ele deixou de trabalhar e deu tempo integralmente para a Obra Missionária. Assim diz o texto em Atos.

 

Deixe-me falar aqui uma coisa sobre os missionários ricos. Uma coisa que me chama muito a atenção, no Brasil, uma coisa que não conheço nenhum missionário brasileiro rico. Eu creio que este novo movimento missionário   vai ser de missionários tipo “Franciscanos”. Vocês sabem do que eu estou falando.

 

Sabem qual é problema do missionário rico? Jonathan Bonk, escreveu um artigo no Boletim Missionário, que diz o seguinte:

 

1.  O missionário rico, cria a possibilidade de ficar isolado da população.  Se você for para a Índia, onde 80% (ou mais) da população é favelada, não tem em nenhum outro lugar para viver, onde você vê gente morrendo na rua, pessoa que a vida toda, nunca tiveram um teto, como você se relaciona com elas?


2. Torna-se inevitável a independência do missionário. Se ele tem dinheiro, acha que não precisa ouvir a voz do Espírito Santo. Não precisa ficar naquela dependência de que “sem mim nada podeis fazer”, porque, com dinheiro se faz muita coisa.


3. A segregação e a independência cria uma lacuna entre os ricos e os pobres, tornando a amizade quase que impossível.


4. Cria-se uma dificuldade de obedecer e ensinar o conselho de Deus sobre aquele deus Mamon. Lembram-se que a Palavra de Deus diz que nós “não podemos servir a dois senhores?” (Mateus 6.24).

Levantam-se, também, problemas relativos ao próprio coração da missão conforme descrito no Novo Testamento e, o motivo, é a mensagem de que missionários ricos criam suspeitas sobre posturas que são somente faladas mas nunca vividas. A gente quer que as pessoas dêem dinheiro, mas elas não vão querer dar e se o fizerem será com muita relutância, porque aquele missionário não  precisa de dinheiro.

 

Aqui eu quero fazer algumas considerações particulares. O dono da seara é o Senhor que não deixará de sustentar os que nEle confiam.”viver pela fé”, não quer dizer deixar de depender das ofertas solicitadas e depender unicamente do Senhor.

 

O fato de uma pessoa exercer uma profissão, para poder vencer obstáculos e alcançar os Povos Não Alcançados, não vai contra o padrão estabelecido pela Biblía. Tanto trabalhar, como Paulo fez, ou deixar de trabalhar para viver sustentado pela Igreja que o envia, tudo é bíblico. Nos primeiros dias do Evangelho no Brasil, os missionários que faziam esta Obra eram homens e mulheres sem sustento da Igreja enviadora.

 

Em segundo lugar, Paulo e Barnabé não  foram para a Espanha mas para o Chipre. E isto é muito importante.


Quando Paulo vai para a Espanha, quando ele vai cruzar fronteiras, quando ele precisa pegar um navio que vai lhe custar algum dinheiro, ele pede a Igreja de Roma o sustento necessário.

 

Ele diz no capítulo 15 verso 24 da Carta aos Romanos: “Quando eu chegar em Roma, eu preciso de sua ajuda”. Quando ele ficou hospedado na casa de Lídia, em Filipos, uma senhora rica (aparentemente ela própria) ofertou-lhe uma ajuda.

 

Terceiro, o dinheiro deve sempre ser um fator positivo e nunca motivo de acusação ou barreira, nunca deve ser motivo para não se cumprir a tarefa. Jesus Cristo simplesmente diz: “Buscai em primeiro lugar...”. Só buscar! Eu vou cuidar do resto, eu garanto, que eu vou cuidar do resto!. George Muller descobriu que funciona, e nós temos muitos casos vivos em nossos dias que merecem ser tomados como exemplos de dependência de Deus.

 

Quarto e último lugar, a Igreja que ouvirá mais claramente a confirmação  da ordem do Espírito Santo, será aquela em que a liturgia, no sentido original da palavra, LEITORGUIA.  Naquela Igreja onde houver oração, jejum, serviço e compromisso com o Senhor. E certamente, aqui inclui-se o louvor.


Eu creio que não é por acaso que está precisando acontecer um grande despertamento missionário aqui no Brasil. Eu não tenho dúvidas quanto a isto.


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