FINANÇAS E MISSÕES

 

QUEM É O CONTRIBUINTE DE MISSÕES NO 

BRASIL?

 

Vamos agora conhecer o perfil do contribuinte de missões no Brasil, suas motivações, envolvimento e expectativas.

Existe um texto no primeiro livro do profeta Samuel, em que o Rei Davi esclarece que tanto os que desceram à peleja quanto os que ficaram guardando a bagagem “receberão partes iguais” (3021-24), afinal, todos contribuíram para que a vitória contra o inimigo ocorresse.

A exemplo das Sagradas Escrituras, entendo que o “contribuinte” de missões também é um missionário e tanto o que tem o ministério de ficar, quanto o que tem o ministério de ir, receberão sua parte ou galardão.

É aquela velha história: um vai, outro financia e o outro ora. De qualquer forma TODOS são comissionados.

A pergunta é qual a minha parte nessa história 

toda?

Um dia, ouvi, aliás com muita propriedade, uma pessoa dizer que na Igreja você se enquadra em uma das duas únicas categorias de pessoas que existem: ou você é um missionário ou então, um “campo missionário”. E eu, feliz da vida, só pude dizer: AMÉM!

Ainda sobre esse assunto, há uma frase famosa e muito difundida no nosso meio, cujo autor é o renomado missionário inglês William Carey, que diz: “Existem dois tipos de missionários, aquele que desce o poço e o que segura a corda”.

Agora que já sabemos que todos os homens e todas as mulheres que um dia foram lavados e remidos pelo sangue do Cordeiro são missionários, fica mais fácil darmos continuidade ao assunto.

Contudo, em detrimento da conclusão que acabamos de ler, os crentes, de uma forma geral, se enquadram em certas categorias quando falamos sobre àquele que contribui.

Veremos então essas categorias:

O AMIGO – é aquele que contribui com o missionário porque é amigo pessoal dele. Já o conhecia antes de ir ao campo, já se relacionavam, sabe de sua seriedade e compromisso. Acima de tudo o considera seu grande amigo.

O FRUSTRADO – é o que contribui porque ele mesmo gostaria de ser um missionário. Contudo as coisas não saíram como ele queria e contribuindo ele sente que tal missionário está sendo missionário no lugar dele.

O VISIONÁRIO – esse contribuinte quer ver o propósito de Deus sendo cumprido no mundo e sente-se responsável por isso. Seu pressuposto está em Mateus 28.19.

O CONSTRANGIDO – esse aqui sente desconforto em dizer “NÃO” quando é desafiado a se envolver num ministério.

O APAIXONADO – é motivado pelo amor que sente por Jesus. Além disso, acha que dando ao missionário está dando também a Deus.

O SOLIDÁRIO – esse contribuinte é sensível à grande necessidade mundial do conhecimento de Cristo. Ademais, ele se sensibiliza com a miséria, menores abandonados, epidemias, guerras, etc. Ele também poderia ser chamado de o “empático”.

O PAIZÃO – geralmente são pessoas idosas, que resolvem “adotar” o missionário e trazê-lo guardado no coração como um filho. Pode ser também a mãezona.

O ABENÇOADO – esse aqui contribui porque recebe bênçãos as quais atribui ao fato de ter ofertado.

O TRANSVISIONÁRIO – ele já é um missionário atuante e por admirar o ministério de alguém quer abençoá-lo financeiramente.

O ESCLARECIDO – contribui por saber que o trabalho que determinado missionário realiza é em última instância, um trabalho de Deus.

O CORPORATIVO – esse aqui nem sequer conhece o missionário, mas conhece a missão ou organização a que ele pertence e a admira muito, por isso, contribui.

O INTERESSEIRO – contribui para poder deduzir do imposto de renda.

O PARENTE – esse contribui por ser parente do missionário. Ele pode nem ser crente mas deseja participar daquele “trabalho”.

O VAIDOSO – esse quer ver seu nome publicado no jornal da denominação ou na lista dos contribuintes de determinado ministério.

O ANÔNIMO – em contrapartida, há aquele que deposita a oferta para alguém sem jamais se identificar, crendo que o importante mesmo é Deus saber sobre seu ato e suas intenções.

O ARTICULAR – é aquele que, além de contribuir, movimenta a igreja, faz campanha e incentiva outras a contribuírem.

O INDECISO – é aquele que a cada mês envia a oferta para um missionário diferente.

O PAPAI NOEL – aquele que só contribui em dezembro.

O OPORTUNISTA – só manda a oferta quando está bem financeiramente, sem dívidas, ou com algum dinheiro sobrando.

O OVELHA – só contribui para os projetos ou missionários autorizados pelo pastor da igreja.


Observando essa lista, vemos que alguns contribuintes são mais louváveis e outros nem tanto. Um desafio para nós, missionários, seria passar paulatinamente a visão correta para nossos contribuintes, não nos esquecendo de negar todo esse processo com muita oração.

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