TESTEMUNHO - DESAFIOS DE UMA MULHER NO CAMPO MISSIONÁRIO

 

DESAFIOS DE UMA MULHER NO CAMPO MISSIONÁRIO

 

A* é missionária da Oitava Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte, atuando em campo fechado, no Norte do Iraque, entre mulheres curdas.

Missionária o que aconteceu quando você chegou ao campo missionário?

Uma das dificuldades que enfrentei estava logo no início. Pisei no campo missionário tive e que guardar a mala, sabendo que estaria ali independente do que acontecesse. Muito diferente do turista que está ali por um pouco de tempo desfrutando do novo.

O obreiro transcultural sabe que quando passa o novo, o encantador, o belo, e se dá conta que ali agora é seu novo lar, os choques culturais começam a aparecer e a saudade da família começa a bater forte, podendo voltar só depois de alguns anos. Ele terá que permanecer. Porque você tem a passagem de ida, mas a de volta só Deus é quem sabe. Isso gera uma certa aflição e ansiedade, por isso é muito importante ter uma visão clara do chamado e da vontade do Senhor, pois quando o tempo mau chegar, você terá forças para resistir.

Nesses seis anos e meio de Iraque, temos passado por várias dificuldades, inclusive guerra, medo e ansiedade. Temos acompanhado a tristeza e solidão dos refugiados, momentos muito difíceis, contudo, não retrocedemos, pois Aquele que nos chamou é fiel.

Outra dificuldade na vida do obreiro transcultural é a adaptação da nova língua e cultura. Quanto mais longe a língua e cultura estiverem do nosso continente, maiores são as diferenças e dificuldades para uma aprendizagem.

Se não houver empenho e dedicação, horas e horas de estudo, envolvimento com a cultura local, será impossível transmitir de forma clara o Evangelho da salvação.

Nesse tempo de aprendizagem, passamos por muitas frustrações, dificuldade e estresse. Nos tornamos como crianças quando damos os primeiros passos em uma nova língua e cultura. Muitas vezes erramos, contudo, prosseguimos com o alvo de aprender melhor a língua e cultura local e assim poder chegar ao coração do povo.

Outra dificuldade que nós mulheres missionárias enfrentamos é em relação ao nosso lado emocional e sentimental. Por exemplo, estar longe dos familiares não é fácil.

Nesse tempo aqui no Oriente Médio, meu esposo perdeu seu pai e seu irmão em um curto espaço de tempo, ele não conseguiu retornar e eu o vi sofrendo sem poder abraçar os seus entes queridos.

Agora mesmo eu tenho uma tia muito querida nas últimas no hospital. Missões transculturais exigem renúncia, essa é mais uma realidade difícil que enfrentamos.

Saudade da família, da igreja, de louvar em nossa língua, de ouvir pregações em nossa língua, dos amigos. Querer ver e pegar no colo os novos bebês que estão chegando para família, saudade da nossa comida brasileira, enfim, isso tudo mexe com o nosso emocional. Por isso é preciso buscar sempre a presença do Espírito Santo, pois Ele pode suprir todas as nossas necessidades emocionais e sentimentais.

Quero ressaltar que independente das dificuldades, vale a pena prosseguir, quando vemos pessoas conhecendo a Cristo, recebendo a salvação. Toda dificuldade se torna pequena diante de uma vida que se rende ao Senhor.

Vale a pena prosseguir pois o Senhor é fiel. E quando Ele chama, Ele provê paz e alegria e tudo mais que precisamos para enfrentar as dificuldades do campo missionário.

Ore pelos nossos missionários:

– Disciplina na vida devocional;

– Habilidade no uso de línguas;

– Paciência com outros;

– Segurança nas viagens;

– Coragem no perigo;

– Saúde do corpo e da alma;

– Apoio adequado às necessidades;

– Sabedoria para controlar as Finanças;

– Família

– Vida no lar;

– Filhos na escola;

– Proteção contra-ataques de satanás;

– Capacitação na vida e no ministério;

– Flexibilidade nos relacionamentos;

– Atitude de servo;

– Compatibilidade com colegas de ministério;

– Amor para com todos;

– Ousadia na pregação;

– Frutos no serviço a Deus;

– Cheio do Espírito Santo;

– Compreensão da cultura.

Conselho Missionário

Comentários

POSTAGEM MAIS VISITADA

7 MOTIVOS PARA FAZERMOS MISSÕES

APRENDIZAGEM DE LÍNGUA

CHOQUES CULTURAIS