QUEM DEVE FAZER MISSÕES?

 


QUEM DEVE FAZER MISSÕES?

 

 

Na primeira parte dessa lição, aprendemos que missão é a obra de Deus dada á Igreja. Que seguindo o exemplo de Cristo, proclamam por palavras e ações o Reino de Deus, chamando todos ao arrependimento e a ter fé em Cristo, enviando-os a serem discípulos D’ele.

 

A Bíblia nos ensina que é da Igreja a responsabilidade de executar a obra missionária, essa responsabilidade é coletiva (igreja como instituição) e individual (igreja como sendo eu).

 

Quando alguém não se tem a Deus, ouve Ele dizer “Vinde a mim” (Mateus 11:28) e depois de tê-lo conhecido ouve Ele dizer “ide” (Marcos 16:15).

 

O dever de fazer missões é coletivo, ou seja, da Igreja local, ou Igreja mãe, que dá os seus filhos para esta causa nobre.  É individual, ou seja, compete a cada um fazer sua parte individualmente.

 

Portanto para mim pregar o evangelho aos perdidos eu não preciso esperar que alguém chegue pra mim e diga isto, eu já estou comissionado por Cristo para pregar.

 

Se queremos ver o mundo alcançado pelo evangelho, temos que investir nos obreiros e membros que estão no seio da Igreja e enviá-los aos perdidos. ALCANÇAR SIMULTANEAMENTE JERUSALÉM . . .   E OS CONFINS DA TERRA .

 

Agora vamos atentar para as palavras do Senhor Jesus que encontramos em Atos 1:8: “Recebereis poder, ao vir sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.” São as últimas palavras que proferiu aqui na terra antes de voltar para o Céu, os pés já largando contato com o chão. 

 

SERÁ QUE NÃO ESCOLHEU COM CUIDADO ESSAS PALAVRAS?

 

Certamente que sim e certamente Ele espera que prestemos cuidadosa atenção a elas. Mesmo numa leitura superficial fica claro que a preocupação de Cristo é com o mundo inteiro.  Mas além desse sentido óbvio, estas palavras de Jesus contém uma estratégia, uma tremenda estratégia, uma estratégia capaz de alcançar o mundo dentro de uma geração!

 

A ESTRATÉGIA  

 

Como muitas vezes acontece na Bíblia, o segredo está nas pequenas palavras, no caso “tanto . . . como . . . e”. Observe, por favor, que Jesus não disse:  “Ser-me-eis testemunhas primeiro em Jerusalém, depois em toda a Judéia e Samaria, e finalmente, se um dia sobrar tempo, mão de obra e dinheiro, até aos confins da terra.”

 

NÃO É ASSIM QUE ESTAMOS CONDUZINDO A COISA, DE MODO GERAL? 

 

Não, a expressão é “tanto . . . como . . . e”, isto é, simultaneamente. Simultaneamente temos que nos esforçar para alcançar a nossa “Jerusalém, Judéia e Samaria” e os confins da terra. Se um dia, de forma geral, as nossas igrejas evangélicas assumirem efetivamente esta estratégia terminaremos de alcançar o mundo nesta nossa geração. Se os Apóstolos conseguiram por que nós não podemos?

 

Os Apóstolos, e presumivelmente a geração discipulada por eles, entenderam e obedeceram esta estratégia de Cristo. Tanto assim que naquela geração, começando com aquele punhado de gente (lembrando também que não dispunham da tecnologia moderna), praticamente conseguiram alcançar o seu mundo. O Apóstolo Paulo fez planos para alcançar a Península Ibérica.

 

Se podemos confiar na tradição da Igreja, o Apóstolo Tomé logrou chegar até ao sul da Índia!  Mas infelizmente após a era apostólica a Igreja foi perdendo essa visão e assim ficou através dos séculos, até a época das missões modernas. 

 

Como conseqüência deplorável da perda dessa visão, de lá para cá, através dos séculos e até hoje a maioria das pessoas nascem, vivem e morrem sem uma vez ouvir falar de Jesus Cristo, estima-se que 85.000 pessoas morrem por dia sem nunca ter ouvido de Jesus. É a maior calamidade pública de todos os tempos! 

 

Por outro lado, se através dos séculos a Igreja tivesse sempre seguido esta estratégia então sem muita demora a Palavra de Deus teria sido levada a cada povo no mundo, e daí para frente cada geração sucessiva que nascesse teria a opção de receber ou rejeitar o Evangelho. Já pensou que maravilha?  Pois através dos séculos cada povo viria tendo acesso efetivo à Palavra de Deus, ao Evangelho de Cristo.

 

E ainda dá, embora tarde (mas antes tarde do que nunca!). Se a partir de hoje, de forma geral, o povo de Deus assumir efetivamente esta estratégia então deve acontecer o seguinte: os muitos jovens que Deus está chamando receberão apoio e sustento de suas igrejas. Deverão se preparar adequadamente, inclusive adquirindo as ferramentas para lidar com outras línguas e culturas (lembrar que muitas ainda não foram estudadas).

 

Uma vez preparados serão semeados pelo mundo inteiro, nas áreas e junto aos povos onde ainda não existe acesso efetivo ao Evangelho. Gastarão uns dois anos adquirindo um domínio da língua e cultura local que permita começar a falar de Jesus sem perigo demasiado de promulgar heresias.

 

Daí para frente devem haver conversões e o surgir de novas igrejas onde nunca tinha. Agora, essas igrejas devem também abraçar esta estratégia de Cristo, e com isso começarão a evangelizar não somente na sua “Jerusalém” mas também na “Judéia” e “Samaria”. Dessa forma, dentro de uma geração não sobraria povo ou lugar sem acesso efetivo ao Evangelho de Cristo.

 

Para exemplificar, existem tribos indígenas no Brasil que há poucos anos receberam pela primeira vez a Palavra de Deus onde os crentes já se preocupam não somente com o resto da sua etnia, sua “Judéia”, mas inclusive querem enviar missionários para outras tribos.

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