ENSINANDO MISSÕES ÀS CRIANÇAS - SEGUNDA PARTE



1.   TERCEIRA FAIXA ETÁRIA (9 a 11 ano) 

A adolescência tem sido tradicionalmente considerada como um período crítico do desenvolvimento. Caracterizada pelas mudanças fisiológicas associadas à puberdade, que incluem um aumento na produção de hormônios sexuais, além de modificações na estrutura e no funcionamento do corpo. 

CARACTERÍSTICAS: demandas por independência, ajustamentos heterossexuais e aos companheiros da mesma idade, ao preparo vocacional e ao desenvolvimento de uma filosofia de vida básica, segundo se orientem.

 

A IDENTIDADE QUE O ADOLESCENTE QUER ESCLARECER É QUEM É ELE, QUAL SERÁ SEU PAPEL NA SOCIEDADE. É UMA CRIANÇA OU ADULTO? 

Em função dessas indagações, os adolescentes preocupam-se com sua aparência aos olhos dos outros, comparada à própria concepção de si mesmo e com o modo como ajustar às regras as habilidades aprendidas anteriormente. 

O adolescente vivência uma fase rica, criativa, emocionalmente turbada, mas essencialmente carente de informações inerentes a suas dúvidas que certamente diminuirão sua ansiedade e ajudarão sua maturidade. 

Seja caloroso, s em críticas, bom observador e ouvinte, demonstre empatia e certamente a confiança mútua brotará. 

Tenha em mente ao trabalhar com adolescente, as influências culturais sobre as atitudes e os comportamentos sexuais. O comportamento sexual apropriado e bíblico é visto apenas entre cônjuges, e conseqüentemente as demais formas de comportamento sexual são desencorajadas nas crianças e nos adolescentes.

 

ENTENDE-SE A IDADE ENERGIA, POR SER NESSE PERÍODO, TUDO INTENSO. 

a) FÍSICO - Muita energia. Competição é a sua característica principal. As aventuras, o determinismo marcam essa fase. Nunca desejam perder nada e selecionam as coisas; aparecimento remoto de caracteres sexuais. Um pouco irrequietos, mas com as atividades motoras bem mais estáveis. 

b) MENTAL - Gostam de leitura. Com facilidade na memorização. O espírito investigativo é muito forte. 

Idade da autocrítica, e de autodeterminação. A idade dos nove anos assinala um momento capital: o indivíduo não é mais criança, mas ainda não é adolescente. É muito sugestionável, as coisas e as pessoas o interessam ainda mais que ele mesmo. 

Cumpre inscrever a intimidade e o segredo, a iniciativa, a escolha e a persecução de objetivos pessoais, um senso de responsabilidade que faz  dela "alguém com que se pode contar". Em limites mais amplos, o aparecimento discreto de preocupações morais, o apego admirativo a certas pessoas e esforços para assemelhar-se a elas. Você, evangelista de crianças, procure ser um bom modelo a fim de despertar sua atenção.

 

A CRIANÇA QUER SER ELA PRÓPRIA, TER SUA PRÓPRIA ORIGINALIDADE 

a) SOCIAL - Sabe brincar e não apenas em grupo; o sentido de grupo precisa ser muito bem orientado. Nesta etapa da vida existe muita rivalidade com o sexo oposto. É o momento ideal ara ser orientado por pessoas idôneas sobre o sexo. Os grupos ganham consistência e estabilidade.

b) ESPIRITUAL - Surge o espírito de adoração aos seus heróis, período muito propício para ministrar à criança o ensino sobre adoração a Deus. Entende perfeitamente o certo e o errado.

 

1.1 - MISSÃO PARA CRIANÇAS             

Quem trabalha com crianças precisa Ter paciência e sabedoria para planejar o programa de evangelização para ganha-las por inteiro. Não se deve desconhecer sua origem social: pobre, rica, culta, inculta, branca, negra, doente ou marginalizada. De preferência, manter grupos pequenos a serem trabalhados, e sempre por pessoas bem preparadas e vocacionadas.

 

SUGESTÕES: 

Elabore trabalhos em grupos acerca de conteúdos bíblicos. Se não houver espaço disponível, aproxime-se de seu próprio meio e as cative demonstrando apreço, afeto, etc. Isto é fazer missão, junto às crianças.

 

2.   QUARTA FAIXA ETÁRIA (12 a 14 anos) 

Os Intermediários - Palavra  descritiva da idade chamada de Transição. 

a) FÍSICO - Mudanças físicas e mentais provocadas pelo desenvolvimento de algumas glândulas. São mais rudes. Seu comportamento, às vezes, parece estranho, coisa própria da idade. É a idade em que se observa melhor. As meninas crescem primeiro, os meninos são mais lentos. A puberdade significa a entrada num estado de maturidade sexual, seu aparecimento envolve vários tipos de mudanças fisiológicas, hormonais e sexuais. 

b) MENTAIS - O adolescente é mais emotivo. Sonhos por acontecimentos irrealizáveis. Vive mais no mundo da fantasia. É uma época delicada que precisa ser cuidadosamente trabalhada. Aos 12 anos ganha corpo o interesse predominante por si mesmo, é uma idade de ardor e de razão, na qual aparecem "modos de pensar, de sentir, e de agir que prefiguram o espírito adulto". 

Aos 13 anos, o indivíduo se interioriza e interioriza o mundo ambiente. Absorve-se em si mesmo. O jovem tende a sentir-se só, único, incompreendido. Tente aproximar-se com firmeza, sem críticas, mostrando-se disposto a ajudá-lo em seus conflitos e contribuir de forma  significativa para esclarecimentos e indagações tão próprias desse momento. 


c) SOCIAL - Os adolescentes gostam de selecionar seus grupos. A variedade será seu forte. O amor será devotado a Deus com muita intensidade, se for convencido, pois nesta etapa tudo será forte; apreciam reuniões com louvores. 

d) ESPIRITUAL - necessitam de muito apoio. Ocupar todo o tempo e espaço com o intuito de assisti-los em toda sua juventude. Orientação em todos os níveis de sua vida. Lembre-se que a vida, para eles, é uma caixinha de surpresas e precisam de cuidado. 

 

2.1 - ESTA IDADE É MUITO PASSAGEIRA             

O crescimento é rápido. Além do crescimento em altura, diferentes partes do corpo crescem em desigualdade. As mãos e os pés crescem primeiro. Os braços e pernas crescem antes do que o tronco. Geralmente as meninas crescem primeiro. Surgem os caracteres sexuais. As meninas têm os seus seios ampliados, e dá-se o início da menstruação. Nos meninos, além da ampliação dos músculos e o surgimento dos pelos, a voz começa a se modificar.

 

2.2 - CUIDADOS ESPECIAIS             

O evangelista deve trabalhar sistematicamente com o adolescente no que concerne à influência do uso de drogas. A "cultura das drogas não é  algo novo." Satanás aproveita esse momento de transição, incertezas, ilusões tão peculiares ao adolescente, para o envolver de uma forma cruel com os tóxicos. Interfira nessa estratégia revelando o amor de Cristo. 

Procure estabelecer diálogo com esse adolescente e caminhar, se possível, com sua família. Lembre-se que deve haver uma ponte entre Igreja e Lar. 

Quando essa oportunidade não existe, evangelize o adolescente, e aos poucos conquiste sua família. 

O evangelista, além de conhecer bem a Bíblia, precisa ser muito compreensível e amoroso para se relacionar com as pessoas dessa idade.

 

        5. QUINTA FAIXA ETÁRIA (15 a 17 anos)        

Palavra descritiva da idade: ASPIRAÇÃO      

Não mudam muito as características física, mental, social e espiritual da idade anterior. Somente acrescida em intensidade. Diminuição da velocidade do crescimento físico e intelectual, tudo parece diminuir menos o desenvolvimento do sistema sexual. 

Com o crescimento dos seus corpos, o seu estado psicológico é mais definido. São muito iguais nos grupos sociais. Identificam-se com as demais pessoas da mesma idade,   tendo em vista a igualdade em suas aspirações. 

A adolescência termina, quando a pessoa atinge a  "maturidade psicológica" e se afasta das coisas infantis a fim de assumir as responsabilidades e atitudes da vida adulta. Não temos meios para medir essa maturidade, mas por acordo geral, aceitamos tal definição.

 

        5.1 - PONTOS IMPORTANTES

No caso dessa idade, o evangelista terá mais facilidade para trabalhar, desde que se identifique com suas aspirações. Seus projetos começam a ser delineados; seja firme e apresente-se como conselheiro diante de suas incertezas. Lembre-se que são muito desconfiados, às vezes arredios, porém bastante emotivos.

 

        VÁRIOS EXEMPLOS 

a)   Apresentar como "isca", boa música, mas que seja voltada para sua idade;

b)  Aulas de artes (sempre diversificadas, de acordo com suas aspirações;

c)  Recreação compatível;

d)  Valores de mor e cívica.

e)  Leituras apropriadas, esclarecedoras sobre sexo, drogas, namoro, e temas relacionados a sua idade.

f)   Encontros promovidos sempre por pessoas capazes, a fim de discutirem suas dúvidas e aspirações acerca do que "pode" e do que "não pode".

 

OBSERVAÇÕES: 

Não se esquecer que todo esse trabalho terá que ser feito com muito senso de responsabilidade, oração e, também, sempre com o respaldo bíblico (1 Jo 3.14-17). Transcreva estes versículos em quadros especiais, e coloque-os em posições bem visíveis para facilitar o seu trabalho.

 

5.2 - NOTA FINAL       

Ao observar que você já ganhou a confiança dos jovens, pois tudo o que anteriormente foi trabalhado não era outra coisa senão uma ESTRATÉGIA, para facilitar sua evangelização. 1Co 9.22: "Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns".

 

3.   FINALMENTE, A ÚLTIMA FAIXA ETÁRIA

(18 anos em diante) 

Embora as faixas etárias continuem até aos 60 anos de idade, entendemos não ser tão necessário o detalhamento para a evangelização, nas respectivas etapas. Isto porque, após os 18 anos, a diferenciação de comportamento humano é  facilmente detectado pelo evangelista.

 

        6.1 - PROJETOS DE EVANGELIZAÇÃO       

Evangelizar é ganhar almas para Cristo, de todas as etnias, por ordem imperativa de Deus, conforme João 3.16: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". Evangelizar não é uma opção, mas sim uma obrigação, um dever a ser cumprido, uma ordem a ser obedecida. Marcos 16.15-16: "E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado". E ainda, Ap 5.9. 

Ganhar almas é ser portador de uma mensagem divina para a salvação do perdido. A alma está alienada de Deus e precisa ser ganha. Pv. 11.30 e 2 Tm 4.1-2.

 

        6.2 - CONCEITO DO EVANGELISTA       

"O evangelista, em princípio, precisa Ter uma vida irrepreensível, Ter bom conhecimento bíblico e ser de muita oração; estar preparado para toda espécie de provação e amar as almas no sentido de ganhá-las para Cristo".  

O evangelho é a Palavra de Deus. É a boa semente, Isaias 55.11 diz: "Assim será a palavra que sair da minha boca: ela não voltará para mim vazia, antes fará o que apraz, e prosperará naquilo para que a enviei". O evangelista deve estudar minuciosamente o sentido dessa palavra, para compreender que não importa a qualidade da "terra". Todos carecem da mesma oportunidade.

 

        6.3 - CONHECER ALGUNS PREDICADOS QUE O EVANGELISTA PRECISA POSSUIR 

a)   Ser uma pessoa de fé - At 2.37-47;

b)   Conhecer bem a Bíblia - 2 Tm 2.15;

c)   Que entenda bem os problemas da criatura humana - Lc 14.15-24;

d)   Sempre orar em primeiro lugar e depois agir - 1 Tm 2.1;

e)   É necessário que se atualize com os acontecimentos da época, no sentido de Ter a palavra certa, no momento certo - Cl 4.3-6;

f)    Que conheça a maioria das seitas com suas heresias, e com sabedoria e mansidão possa confirmar a razão de sua fé - 1Pe 3.15;

g)   Não trabalhar para si, como sendo um único predestinado para esse trabalho;

h)   Ter equilíbrio nas suas colocações;

i)    Evitar confrontos com opiniões divergentes.

 

6.4 - OBSERVAÇÕES GERAIS 

O evangelista, mesmo sendo um bom conhecedor da Bíblia, pode se utilizar de ESTRATÉGIAS, para ganhar tempo e chegar ao objetivo da mensagem. Jesus nos dá o exemplo nessa direção (João 4.7-14). As vezes, por falta de objetividade, pode-se falar muito e não concluir com a decisão.

 

        Pontos básicos 

1.   Crer em Jesus como Salvador - At 16.31;

2.   Confessar seus pecados - Rm 10.9-10;

3.   Entregar-se incondicionalmente - Jo 3.16-18.

 

6.5 – CONCLUSÃO 

a)   O evangelista precisa ser organizado e prudente;

b)   Catalogar suas visitas: nome completo, endereço, hora recomendada para visitação;

c)   Nunca exagerar no tempo das visitas;

d)   Logo que tenha convicção da segurança do novo convertido, encaminhar à igreja para continuar sua assistência;

e)   Nunca se colocar como proprietário do novo convertido; 

Ter fé e confiança em deus e seguir em frente, sabendo que outros necessitados estão a sua espera.


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