A URGÊNCIA MISSIONÁRIA E A SOBERANIA DO ESPÍRITO SANTO

 

A URGÊNCIA E SOBERANIA DO ESPÍRITO SANTO

 

Atos 13.1-3 - Na Igreja em Antioquia havia profetas e mestres: Barnabé, Simeão, conhecido por seu segundo nome, Niger, Lúcio de Cirene, Manaém que era irmão de criação de Herodes, o governador, e Saulo.  Enquanto serviam, adoravam e jejuavam ao Senhor, o Espírito Santo lhes ordenou: “Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a missão a qual os tenho chamado”.  

Certa vez quando eles estavam adorando o Senhor e jejuando, o Espírito Santo disse: (Separe para mim Barnabé e Saulo a fim de fazerem o trabalho para o qual eu os tenho chamado). (At 13.2). 

A urgência do Espírito Santo para aquela missão é inquestionável. Além disso, a expressão é uma das identificações da soberania do Espírito Santo no livro de Atos. A iniciativa de escolher e enviar missionários para onde quiser é uma prerrogativa do Espírito (cf. At 16.6-7). 

O Senhor Jesus já havia dito aos Seus discípulos: "Não fostes vós que escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros, e vos designei para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda" (Jo 15.16). 

EM ATOS A SOBERANIA DO ESPÍRITO SANTO É LEVADA A SÉRIO. 

Ao contrário do que se vê hoje em dia, especialmente no meio pentecostal, em que pessoas por atrevimento ou ignorância talvez, dizendo-se cheias do Espírito Santo, querem fazer dEle o capacho de seus caprichos. 

Na Bíblia o Espírito Santo manda e Seus servos obedecem (At 13.2). Entretanto, Ele não age despoticamente. Em Atos o Espírito e a igreja trabalhavam, por assim dizer, em parceria (cf. At 15.28). 

OS CHAMADOS 


A ordem do Espírito Santo para a igreja de Antioquia era, então, a seguinte: "Separai-me... a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado" (At 13.2). Duas coisas são evidentes nesta declaração. 

A primeira diz respeito aos chamados ou vocacionados pelo Espírito Santo. O Espírito manda separar Barnabé e Saulo. 

Quem eram Barnabé e Saulo senão a nata da Igreja Primitiva? 

O Espírito Santo é exigente. E Ele sempre vai pedir o melhor para missões. Isso tudo pede uma reflexão séria por parte da igreja brasileira, pois não são poucos os erros cometidos nesse particular. 

Quantas vezes nossos presbitérios enviam para o campo de missões aquele candidato que não se saiu muito bem no seminário, ou até mesmo aquele pastor que sobrou na distribuição de campo porque nenhuma igreja local o quer por ser fraco de púlpito ou algo parecido? 

O Espírito Santo não precisa de e nem quer sobras. O Espírito exige sempre o melhor para a Sua obra. Não que a pessoa chamada pelo Espírito seja a melhor por sua capacidade e habilidade naturais, pelo contrário, será sempre alguém que o próprio Deus deverá capacitar com a Sua graça (cf. I Co 15.9,10; 2 Co 3.5; Ef 3.7,8).

Uma coisa é certa: Se não é o melhor que a igreja manda para o campo, então não é o enviado do Espírito.

Missões não é uma alternativa de trabalho para quem fracassou no ministério! 

É interessante notarmos que João Marcos não estava entre os vocacionados pelo Espírito Santo. Pelo menos não naquela ocasião. 

Lembremos que Marcos já havia viajado com Paulo e Barnabé anteriormente (At 12.25). Depois, acompanhou Paulo e Barnabé na primeira viagem missionária (At 13.5), mas logo desistiu (At 13.13-15), tornando-se o pivô da separação entre Paulo e Barnabé na segunda viagem missionária (At 15.36-41). Tudo indica que Marcos não era o missionário certo (pelo menos até aquele momento) para a obra missionária. 

O Espírito Santo não somente conhece o campo missionário mas também o perfil do missionário certo. 

A segunda coisa que observamos na declaração do Espírito é que Ele sempre vocaciona para uma missão específica. "Para a obra a que os tenho chamado", diz o texto bíblico. 

Há tempos Paulo e Barnabé estavam sendo trabalhados pelo Espírito. Os dois missionários trabalharam juntos algumas vezes (cf. At 12.25). Como conseqüência disso o chamado para a missão passa a ser na verdade uma confirmação, isto é, o chamado de Paulo e Barnabé não aconteceu ali (At 13.2), mas apenas confirmou o que todo mundo, inclusive eles, sabia.

Quer dizer, o Espírito confirmou perante a igreja de Antioquia o chamado de Paulo e Barnabé. "Quando o crente é chamado pelo Espírito, o mesmo Espírito o revela à igreja".

 

 

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