A MISSÃO DE ENVIAR - VEJA O LINK APÓS O TEXTO

 


A NECESSIDADE DE ENVIADORES

Neal Pirolo

 

“Como pregarão (irão), se não forem enviados?” (Rm: 10.15).

 

 O trabalho missionário não pode colocar o seu foco apenas naqueles que vão. Os que cumprem a missão de enviar são igualmente importantes. 

BASES BÍBLICAS          

Se houve alguém que sabia como é ir a viagens missionárias e precisar de uma equipe de apoio, esse alguém foi o apóstolo Paulo. Ele disse: “Como pregarão [irão], se não forem enviados?” No capítulo 10 de Romanos, ele fundamentou a vitalidade do avanço transcultural sobre estes dois níveis de envolvimento: aqueles que vão e aqueles que enviam. 

Primeiro Paulo citou Joel: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Romanos 10.13). Em seguida, com uma lógica linear clara, bem inteligível para a mente romana, ele perguntou: “Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram?” (v.14). 

Atualmente, estima-se em 2,5 bilhões o número de pessoas que ainda não tiveram o evangelho apresentado de maneira culturalmente relevante. 

“E como ouvirão, se não há quem pregue?” Sim, é preciso que haja um “pregador” – o missionário, o mensageiro transcultural, aquele que vai. Seja qual for o título e o meio com que ele chega lá, tem de haver um proclamador das boas novas. Deus quis que fosse assim. (Em toda apostila, estaremos nos referindo ao seu missionário por meio de um “ele” genérico, mesmo que todas às vezes queiramos dizer ele, ela ou eles!). 

Atualmente estima-se que haja no mundo todo 285.250 missionários transculturais permanentes e por volta de 180.000 de curto prazo. 

Mas espere. Há mais uma pergunta nessa seqüência: “E como pregarão se não forem enviados?” (v.15). Paulo compreendeu que há outros, além dos que vão, que devem estar envolvidos neste esforço evangelístico mundial: aqueles que cumprem a missão de enviar. 

Os que vão e os que enviam são como duas unidades na mesma equipe de avanço transcultural. Ambos são igualmente importantes. Ambos estão envolvidos de forma vital no cumprimento da Grande Comissão. Ambos estão integrados de modo dinâmico e se movem em direção ao mesmo alvo. E ambos têm sucesso garantido, pois os que estão no serviço de Deus estão do lado vencedor! 

A partir dos começos humildes de uma centena de jovens no Encontro do Monte Hermom, em 1886, o Movimento de Estudantes Voluntários identificou e pôs no campo mais de 20.000 homens e mulheres que foram –separados para anunciar o evangelho e os ensinos de Cristo a um mundo perdido e moribundo. 

Esse mesmo movimento mobilizou um exército de mais de 80.000 pessoas com visão missionária, que se comprometeram a, ficando em casa, sustentar os que foram. 

Em décadas passadas, muitos cristãos cresceram em igrejas com visão missionária. Homens e mulheres vinham de lugares distantes para desafiar outros a seguir seus passos. Geralmente era fácil entender que os dois batalhões da tropa missionária eram aqueles que vão e aqueles que dizem: “Adeus”! 

Talvez haja em sua comunidade pessoas que querem envolver-se na evangelização do mundo, mas não se sentem chamadas para ir já. A boa notícia é que há algo mais que eles podem fazer além de simplesmente dizer adeus!

Há uma tremenda necessidade de pessoas que realizem a missão de enviar. E a necessidade vai muito além do tradicional envolvimento simbólico de comparecer a um culto de envio ou de dar uma oferta para a obra missionária. O mensageiro transcultural precisa do apoio de uma equipe de pessoas, enquanto está se preparando para ir, enquanto está trabalhando no campo, e quando volta para casa. 

Uma leitura cuidadosa das cartas missionárias de Paulo mostrará quanto tempo ele dedicava à conversa com sua equipe de apoio – aqueles que partilhavam o ministério com ele. Às vezes ele os elogiava, outras vezes falava da sua solidão por estar longe deles, algumas vezes os exortava e desafiava. Mas ele sempre agradeceu a Deus por eles. 

Uma equipe de apoio de enviadores é tão crucial para um missionário de hoje como foi para o apóstolo Paulo. Hoje em dia, nenhum mensageiro transcultural deve sair da sua terra sem o apoio de pessoas que formem um grupo forte, integrado, instruído, transparente, entusiasmado como ele, ativo, pessoas que se comprometeram com a obra de servir como enviadoras. 

Você pode fazer parte desse grupo. Seu coração foi comovido por pessoas de outras culturas, mas você não ouviu seu chamado para ir. Quando seu missionário fala em sua igreja ou alguém relata um avanço na frente missionária, seu coração começa a bater mais forte. Mas você sabe que Deus o dirigiu a ficar em casa. Você pode ter sido chamado para a missão de enviar. 

Considere, em oração, servir como enviador em uma ou mais destas seis áreas de apoio: 

o   Apoio moral – simplesmente “estar lá”; 

o   Apoio Logístico – colaborar com coisas práticas; 

o   Apoio financeiro – dinheiro, dinheiro, dinheiro; 

o   Apoio em oração – guerra espiritual, no mínimo; 

o   Apoio na comunicação – cartas, fitas de vídeo, livros etc. 

o   Apoio no retorno – mais do que simplesmente aplaudir o pouso seguro do avião. 

Cada área tem responsabilidades específicas; cada área é muito bem servida por dons específicos no corpo de Cristo. Deixe o Espírito falar ao seu coração sobre seu possível envolvimento em uma dessas áreas de apoio. 

O Chamado de Deus em sua vida para servir como enviador deve ser tão vibrante como o chamado na vida daquele que você envia. Da mesma forma, o compromisso que você assume tem de ser tão sério quanto o do seu mensageiro transcultural. A ação responsável que você enceta é tão importante quanto o ministério que seu mensageiro realiza no campo. 

E a recompensa de almas para o reino do Senhor será equivalente à do seu missionário e à sua própria fidelidade.

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Neal Pirolo: https://elshaddai.com.br/livro/a-missao-de-enviar-neal-pirolo/

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